“Como sabe a assembléa, o Pará limitando-se ao norte com as Goyanas Francesa, inglesa e hollandesa, está exposto á ver a sua população escrava evadir-se para essas colônias. E de facto mais de uma vez assim tem acontecido.
Ainda não há muito tempo deo-se uma grande evasão que reduzio á miséria algumas famílias abastadas da Viga e Cintra. E como haver os escravos fugidos? Quantos conflictos não se tem originado das reclamações aos respectivos governos, sempre promptos á nos atirarem em rostos a existência entre nós da odiosa instituição?
Tocarei de leve, na posição perigosa da província em relação á essas colônias pelo que diz respeito ao assumpto de trato.
Quando os paraguayos invadirão o Rio Grande do Sul, trasião a missão de sublevar os escravos contra os seus senhores. Figure-se que nós estivéssemos em lucta com potencias a quem pertencem essas colonias, e que destas partisse para o nosso território em exercito com as mesmas instrucções que Lopez deu aos seos soldados.
Que desgraças não teriamos a lamentar.”
Sobre este documento
Assembleia Legislativa Provincial do Grão-Pará