Comunicados oficiais
Olimpíada Nacional em História do Brasil tem final emocionante
Postado por Assessoria de Comunicação em 21 de outubro de 2013Impossível ficar alheio à final contagiante da 5ª Olimpíada Nacional em História do Brasil, realizada neste domingo (20), no Ginásio do Guarani, em Campinas. O evento organizado pelo Departamento de História, do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Unicamp, reuniu mais de duas mil pessoas e foi tomado pela emoção durante a divulgação do resultado final. A última prova da Olimpíada foi realizada um dia antes na Unicamp, com 300 equipes finalistas.
Foram distribuídas medalhas de ouro (15), de prata (25), e de bronze (35). Os finalistas também receberam medalhas de honra e certificados de participação. As escolas de origem também foram contempladas com troféus em homenagem à premiação conquistada por seus professores e estudantes. A relação das equipes premiadas está disponível no site da Olimpíada.
Pura emoção!
Nem o início do horário de verão foi capaz de desanimar o público presente, que acordou muito cedo para conhecer as equipes vencedoras. Por volta das 8 da manhã, a banda Lester Bangs iniciou as comemorações, dando bom dia aos finalistas e autoridades convidadas, a partir de um repertório completo com clássicos do rock.
“Já participei de inúmeros eventos sobre história, mas confesso que nunca estive em um tão animado como esse”, disse Rodrigo Patto Sá Motta, presidente da Associação Nacional de Professores de História (ANPUH), admirado. Rodrigo disse ainda, ser fundamental o papel dos historiadores que trabalham com o ensino básico no Brasil, ressaltando que a ANPUH tem trabalhado para que o ensino da disciplina e o campo profissional dos professores sejam valorizados no País. “Essa é uma das coisas que falta para melhorar o quadro social do Brasil”.
Para a historiadora Neri de Barros Almeida, Coordenadora do curso de graduação em História da Unicamp, ONHB conseguiu provar que história interessa aos estudantes brasileiros “e que pode, sim, ser uma atividade prazerosa com conhecimento”. Para a ela, a olimpíada demonstra que as pessoas estão abertas às ações desse tipo. “Quando a universidade se esforça para se aproximar da sociedade, essa última responde afirmativamente”, disse.
A coordenadora da ONHB, Cristina Meneguello argumenta que um dos fatores que explica o sucesso da Olimpíada é o fato de os participantes, sobretudo os professores, saberem da importância da história para a compreensão da vida cotidiana, a formação do cidadão, a superação do atraso, do racismo e da injustiça. “Se tudo isso é ser maluco, então ninguém aqui deseja ser normal”, disse em seu discurso – em referência às dificuldades constantes enfrentadas pelos historiadores brasileiros, em busca pelo reconhecimento da profissão.
Responsável por orientar 19 equipes durante a competição, o professor Caio Romero, do Colégio Etapa (SP), diz que a partir da ONHB, os estudantes aprenderam a trabalhar em equipe e a dividir conhecimentos e análises, “sem o egoísmo de achar que uns sabem mais do que outros”. De acordo com Caio, esse aprendizado se deve principalmente, pelo contato dos alunos com os documentos históricos que a Olimpíada oferece. “Melhorou muito a capacidade analítica deles, de ler e compreender os documentos, e de olhar para eles de maneira crítica”, afirmou. Seis equipes da escola foram premiadas: orientadas por Leandro, as equipes Tupis Yumis e Alpacas Bioluminescentes receberam medalhas de ouro e a equipe Orbes Prosopopéicas recebeu medalha de bronze; Ad Victoriam e Alcachofras Ululantes, orientadas pelo professor Leandro Ciccone, receberam medalhas de prata; e a equipe Vanguarda, do professor Thomas Wisiak, recebeu medalha de bronze.
Também é consenso entre os professores que participam da competição como orientadores, a capacidade que a Olimpíada tem de integrar todas as regiões do País, proporcionando novas experiências e o contato destes com diferentes realidades de ensino. “Nesse sentido, quero agradecer a ONHB, porque é através destes exemplos que nós, da região Norte, conseguimos provar que o Acre existe, e que Roraima não é Rondônia”, exclamou a professora Elisângela Martins, do Instituto Federal de Roraima de Boa Vista – convidada pela organização do evento para discursar na cerimônia de premiação representando todos os colegas docentes.
“O país que conhece a sua história não deveria estar cometendo os mesmos erros, as mesmas mazelas”, disse a pró-reitora de Desenvolvimento Universitário, Teresa Adib Zambon Atvars, sobre a importância da Olimpíada, emocionando o público. Além de expressar o contentamento da Unicamp em receber finalistas de todos os cantos do Brasil, Tereza agradeceu o apoio de todas as pessoas que trabalharam na organização da Olimpíada e todas as instituições que alocaram esforços e recursos para a realização do evento, entre as quais, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), os ministério de Educação e de Ciência, Tecnologia e Inovação e a Fundação da Unicamp (FUNCAMP).
Iniciada em agosto deste ano, a ONHB contou com a participação de mais de 40 mil pessoas, de todos os estados brasileiros. A cerimônia de premiação consolidou três meses de muita dedicação. No total, foram cinco fases online e uma etapa presencial. Durante o período, estudantes e professores estiveram mergulhados em documentos históricos, realizando questões de múltipla e tarefas, a partir de muita pesquisa.