“Cheguei na beira do porto
onde as onda se espaia.
As garças dá meia vorta
e senta na bera da praia.
E o cuitelinho não gosta
que o botão de rosa caia, ai, ai, ai…
Quando eu vim de minha terra,
despedi da parentaia.
Eu entrei no Mato Grosso,
dei em terras paraguaia.
Lá tinha revolução,
enfrentei fortes bataia.
A tua saudade corta
como aço de navaia.
O coração fica aflito,
bate uma, a outra faia.
E os óio se enche d’água
que até a vista se atrapaia, ai, ai, ai…”
Cuitelinho: um dos nomes do beija-flor, em São Paulo.
AULETE, Caldas. Diccionario contemporaneo da lingua portugueza. Lisboa [Portugal]: Parceria Antonio Maria Pereira, 1925, Disponível em: http://www.auletedigital.com.br/
Sobre este documento
Renato Teixeira, Pena Branca e Xavantinho. Ao Vivo em Tatuí, Sony, 2007.
Folclore – Adaptação por Paulo Vanzolini e Antônio Xandó