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A obra de Carlos Gomes no contexto da transição entre monarquia e república...
Texto acadêmico

“(…) Essa escolha marcou não só sua estética pessoal, como também sua identificação política no país, haja vista que, com a proximidade da República e sua subsequente proclamação, o embate entre a estética italiana e alemã voltou à cena, porém dessa vez não europeia, mas brasileira. Eram dois estilos estrangeiros identificados às duas realidades políticas em conflito no Brasil. O debate assumiu contornos de verdadeira guerra política na qual, de um lado, figuravam aqueles alinhados à estética alemã, associada à República, entre os quais o novo diretor do Instituto Nacional de Música e autor do hino da República, Leopoldo Miguéz, e de outro, os artistas adeptos ao estilo italiano que por sua vez, associado ao Império, representou a quase exclusão de músicos como o próprio Carlos Gomes, este, relacionado de forma recorrente, no período da Primeira República, à monarquia. (…) É um engano supor que, a despeito de seu sucesso na Itália, fosse ele considerado pelos italianos um seu patrício, havia clara distinção a esse respeito. Elegia-se o maestro como membro do estilo lírico daquele país, mantendo-o, contudo, envolto num ambiente de certa forma ‘exótico’, colocando Carlos em termos de um ‘selvagem’ ou um ‘aborígene’ da ópera.”

Sobre este documento

Título
A obra de Carlos Gomes no contexto da transição entre monarquia e república...
Tipo de documento
Texto acadêmico
Origem

Alan Carlos Ghedini. A obra de Carlos Gomes no contexto da transição entre monarquia e república (1861-1897), TCC apresentado à Universidade do Estado de Santa Catarina, Florianópolis, 2008.

Créditos

Alan Carlos Ghedini.