“A minha intenção era registrar a emoção pela morte de Che Guevara. Não quis dizer que eu era latino-americano, embora me sentisse assim. Sentia Cuba desde a revolução de Fidel Castro. Quando menino, tentava cantar rumbas e boleros em castelhano. E o carnaval baiano tinha muitas versões de rumbas pra frevo, não é? Na letra, busquei palavras do português e do castelhano que não demonstrassem ser de línguas diferentes. Algumas palavras me pareciam sonoramente mais poéticas em castelhano do que em português. Lembravam Federico García Lorca. Além disso, havia a coisa de uma estética do continente, numa época em que as diversas questões de cada país se aproximavam muito. Uma latinidade de mundo alternativo…”
Sobre este documento
Ana de Oliveira