Considerado o primeiro livro produzido por um médico sobre o Brasil, História Natural do Brasil (Historia Naturalis Brasiliae), escrito em 1648 pelo holandês Guilherme Piso e complementado por outros autores, é avaliado como uma obra prima do gênero. Redigido em latim e dedicado a Maurício de Nassau, Piso descreveu plantas, animais, doenças e remédios que conheceu no litoral do Nordeste. Muitas imagens ilustraram a obra, dando aos estrangeiros a possibilidade de conhecer animais, flores e frutos que jamais haviam sido vistos antes.
Veja uma imagem colorida do frontispício, originalmente publicado em preto e branco

Observando esta imagem, é possível afirmar:
Alternativas
Comentário
Nesta questão, utilizamos a versão da imagem em cores para destacar ainda mais a riqueza de detalhes apresentados. A função do frontispício de um livro, em especial com a expansão da imprensa, era resumir para o leitor o que ele encontraria na obra e ao mesmo tempo aguçar a sua curiosidade, ressaltando aspectos maravilhosos e alegóricos. Embora as figuras possam hoje parecer de difícil interpretação, elas compartilhavam códigos de representação que eram compreendidos pelos leitores da mesma época. Estas convenções mostravam de forma organizada (quase que numa pose) vários personagens ao mesmo tempo (animais, pessoas e até mesmo árvores). Não se trata, por exemplo, de uma representação “errada” da floresta, mas de uma representação ordenada de diferentes árvores frutíferas, como num catálogo. O frontispício de História Natural do Brasil traz uma profusão de animais, flores e frutos, muitos deles com funções medicinais, que foram estudados na obra. Note-se que os nativos são representados como parte de uma natureza paradisíaca, que remete ao Éden bíblico. O autor da obra, o médico Guilherme Piso, foi um dos que esteve no Brasil holandês a serviço de Maurício de Nassau, assim como os pintores Franz Post e Eckhout e o cartógrafo Cornelis Golijath, retratando as riquezas e possibilidades da terra.