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Alternativas
Comentário
A pintura de José Ferraz de Almeida Júnior, como indica o título, representa a saída de uma monção, expedição fluvial que servia para o abastecimento de parte do centro-oeste do Brasil durante o século XVIII, período alto da exploração aurífera. A atual cidade de Cuiabá, por exemplo, se desenvolveu a partir desse contexto. Além dos rios, e dos aventureiros paulistas, vale ressaltar que o papel dos indígenas foi fundamental. Com eles os portugueses aprenderam as técnicas do fabrico das canoas, o hábito de dormir em redes, a navegação em pé na proa, as práticas de cura contra doenças e de males causados pela picada de animais, no conhecimento geográfico, no uso do arco e flecha, mais eficiente na defesa que as armas lusas do período etc. Para o historiador Sérgio Buarque de Holanda, por exemplo, que escreveu sobre o tema, a ideia de fronteira no Brasil do século XVIII se constitui nessas trocas culturais, o que demonstra a relevância dessa temática para o campo historiográfico. Por outro lado, a obra de Almeida Júnior se baseia no esboço do desenho Benção das canoas de Hércules Florence. No século XIX, Florence foi contratado como pintor da Expedição Langsdorff, iniciada em 1826, cujo objetivo era seguir até o norte do Brasil, por um percurso idealizado pelo Barão de Langsdorff, e que não se realizou completamente, em virtude de seus problemas mentais. Por fim, a obra de Almeida Júnior compõem junto com outras, de mesma temática o acervo de uma sala dedicada a essas expedições no Museu do Ipiranga, concebido por Afonso D. Taunay, seu diretor na primeira metade do século XX para ser o monumento de uma história nacional com foco na identidade paulista.