A Guerra de Canudos, registrada por Euclides da Cunha, em Os Sertões; e, mais tarde, representada nas telas do cinema por diretores como Glauber Rocha e Sérgio Rezende, explicitou a ambiguidades da república recém-proclamada. Ao mesmo tempo em que o Estado exibia as marcas do progresso capitalista, a omissão referente aos problemas sociais de determinadas localidades, acabou por influenciar a eclosão de conflitos armados. Liderados por Antônio Conselheiro, conhecido por seus ideais messiânicos, os sertanejos se organizaram militarmente, de forma a combater opositores locais e do aparato estatal. Depois de quatro expedições contrárias a Canudos, o arraial foi totalmente destruído. A memória do conflito, entretanto, resiste, seja na literatura, no cinema ou em canções como a do grupo pernambucano Cordel do Fogo Encantado.