Refletir sobre o próprio processo colonização, buscando relacioná-los ao contexto deste período.
Compreender o processo de colonização da África e a consequência desta para os africanos;
Analisar a disseminação de uma visão racista que considera África como um continente atrasado e primitivo;
Considerar os aspectos culturais dos povos africanos analisando como se deu o processo negação desta cultura pelos europeus;
Analisar criticamente as fontes apresentadas;
Promover valores como respeito às diferenças étnicas, raciais e culturais.
A partir das fontes analisadas é possível perceber o discurso civilizador utilizado pelos dominadores para justificar suas ações.Assim, promovendo a reflexão sobre o processo de colonização que desconsiderou a cultura e a organização social destes povos. Além disso, é essencial compreender como este processo contribuiu para a disseminação de uma visão racista que propagou conceitos deturpados sobre África tais como: considerar seus habitantes como atrasados e primitivos compreendendo seu espaço como exótico e selvagem. Esta análise será o ponto de partida para discutir a historiografia que está centrada em uma visão eurocêntrica sendo, portanto, parcial e tendenciosa no que se refere à História da África e dos africanos.
O plano acima se direciona aos finais do Ensino Médio, pois nesta etapa da aprendizagem, os alunos já possuem conhecimento acerca do colonianismo do século XVI e das consequências da revolução Industrial. Este processo culminará na Conferência de Berlim (1885) dividindo os territórios entre os países europeus. Esta divisão desconsiderará as características e especificidades de cada lugar sendo marcada pelos interesses econômicos e que se utilizará do discurso civilizador para legitimar a dominação.
As justificativas também estavam baseadas nas teorias raciais e no darwinismo social, estas estavam alinhadas ao desenvolvimento cientifico da época e da apropriação de teorias que afirmassem a superioridade dos “povos brancos e civilizados” opondo-os ao conceito dos “negros e primitivos”. Portanto, a compreensão destes conceitos são essenciais para a compreensão do neocolonialismo e imperialismo e suas consequências para o continente, em especial, para a perpetuação de valores distorcidos e preconceituosos sobre a África e os africanos.
Cópias de excertos que demonstram o discurso “civilizador”, tais como trechos da Ata Final do Congresso de Berlim, discursos e frases de Cecil Rhodes e Joseph Conrad que afirmavam a superioridade dos povos europeus opondo-os aos povos dominados;
Análise de mapas do continente africano: antes e depois da Conferência de Berlim, e de charges do período.
Materiais: Cópias dos textos e retroprojetor.
A avaliação será organizada m duas etapas e totalizaram 2,5 pontos (considerando um total ao final do bimestre de 10,0 pontos)
1- Avaliação na participação no debate e nas discussões em sala. (0,5 pontos)
Critérios:
Comentários e questionamentos pertinentes ao tema apresentado.
Atenção às explicações
Respeito ao professor e aos colegas
Participação na leitura dirigida
2- Avaliação escrita, cujas questões abordam a temática da aula. (2,0 pontos)
Critérios:
Respostas que contenham uma argumentação coerente e pertinente ao tema da questão.
Coerência e consistência da argumentação apresentada.
As questões de múltipla escolha possuem uma única assertiva correta.
O plano de aula a seguir destina-se ao 3° ano do Ensino Médio.
Apresentação sobre o tema a ser abordado, resgatando aspectos estudados anteriormente, em especial os impactos da industrialização e do cientificismo do período. Nesse sentido, as justificativas do Imperialismo estão atreladas às especificidades deste período. Nessa etapa, o professor deve deixar espaço para que os exponham suas expectativas e os seus conhecimentos sobre o assunto, partindo dos conhecimentos prévios é possível agregar ou desmitificar determinados conceitos.
Apresentação de charges sobre o Imperialismo, a Conferência de Berlim e mapas da África.
A análise de imagens possibilita que o aluno possa refletir sobre o tema estudado a partir de várias fontes, em especial as charges. As charges também propiciam o questionamento do aluno sobre as personagens retratadas e os objetivos do autor da mesma.
A análise de mapas é essencial para a compreensão do processo de colonização e como os territórios ficaram divididos pós Conferência d Berlim. Assim, a percepção da dominação espacial é um meio efetivo para promover a aprendizagem .
Leitura dirigida dos textos de apoio. Os excertos possibilitam que o aluno identifique o discurso civilizador presentes nos textos. Confrontando os diferentes textos é possível encontrar as semelhanças entre estes e como a ideologia eurocêntrica era disseminada. A Ata final do Congresso de Berlim oferece um rico panorama sobre a visão dos europeus sobre o continente africano, em especial, por tratar-se de um documento oficial.
Exibição de trechos de documentário sobre o livro "Coração das Trevas" de Joseph Conrad. O livro, publicado em 1902, faz referência à dominação belga sobre a atual região do Congo. A obra é considerada uma das importantes publicações inglesas do século XX e tornou-se referência mundial sobre o Imperialismo.
A África nesta obra é abordada a partir de uma visão um eurocêntrica recriando a ideia de um continente selvagem primitivo.
Comentários finais. Debate sobre o filme e a análise dos documentos apresentados.
Organizados em duplas os alunos irão dissertar sobre o tema. Para tanto, deverão redigir seus comentários a partir das questões propostas.