Os objetivos principais desta aula(trabalho de campo) são:
- Evidenciar que a ditadura civil-militar, sua história, sua memória e suas "cicatrizes" estão próximos de nossa realidade e também se encontram em nossa cidade.
- Sensibilizar os alunos para as realidades de repressão e resistência travadas a partir do golpe civil-militar de 1964, especialmente na cidade onde estudam - Porto Alegre.
- Instrumentalizar os alunos para discussões e debates sobre a temática.
- Compreender e analisar os prédios, monumentos, caminhos etc propostos no percurso.
Discussões introdutórias sobre a ditadura civil-militar,para instrumentalizar os alunos.Para o caminho, será necessário ônibus para levar os estudantes aos lugares mais longínquos,e caminhadas dirigidas. Os alunos deverão estar com tênis e roupas confortáveis,máquina fotográfica e prancheta para anotação de suas impressões dos locais visitados.
Após a discussão inicial e a caminhada orientada de análise, os alunos deverão, munidos de suas fotos, anotações e análises do percurso, escolher o "lugar" que mais lhe causou algum tipo de emoção/identificação. Junto com uma foto tirada pelo estudante, ele deverá escrever os motivos dessa identificação e deverá redigir uma breve carta a algum familiar ou órgão, como se vivesse na época em questão, fazendo alguma análise, solicitação etc. contextualizando com o período histórico e com o lugar que ele escolheu.
Haverá uma exposição oral inicial por parte da professora, para instrumentalizar os alunos sobre o que será realizado posteriormente, ou seja, discutir brevemente a realidade de Porto Alegre no contexto do golpe e da ditadura civil-militar.
Após uma exposição inicial, a classe será indagada sobre que lugares conhece que tenham relação com o período em questão. Será questionado, especialmente, se conhecem algo próximo de suas realidades, de suas casas, da escola. Espera-se que o aluno aponte alguns monumentos mais conhecidos, mas provavelmente não apontará locais de fácil acesso e de grande circulação diária que se enquadram no que chamamos de "cicatrizes" da repressão na cidade de Porto Alegre.
Será entregue,para início da atividade de campo, o mapa da cidade de Porto Alegre com alguns pontos indicados. (anexo)
A caminhada orientada sairá da escola, e irá seguindo o mapa proposto, com ajuda, em alguns momentos, de um ônibus. A professora guiará, mostrará e contará a história dos lugares, monumentos. Os alunos deverão fazer suas reflexões, tirar foto do que lhes chamar a atenção. Entre os lugares visitados estarão:
Locais de tortura = Ilha do presídio, que pode ser avistada da orla, local de tortura e prisão de 1964 a 1973; DOPS, local onde hoje funciona o palácio da polícia era o maior órgão de repressão do governo; DOPINHA, primeiro centro de repressão clandestino do Brasil.
Símbolos do golpe = Monumento à Castelo Branco, no parque Moinhos de Vento, Avenida Castelo Branco que em novembro deste ano (2014) foi transformada em Av. da democracia e da legalidade;
Locais de resistência = Esquina democrática, ponto de encontro e de debate de militantes; Araújo Viana, teatro que era ponto de encontro dos grêmios estudantis; Teatro de Arena, onde eram encenadas peças e manifestações de resistência ao regime; Palácio Piratini, palácio do governo do estado, que foi refúgio para a Campanha da Legalidade;
Memória da resistência = Largo da legalidade, que lembra a campanha encabeçada por Leonel Brizola e iniciada em Porto Alegre; Memorial pessoas imprescindíveis, em memória de Manoel Soares, morto e encontrado no lago Guaíba; Centro de Memória Ico Lisboa, dentro do Dopinha.
(para ver a localização destes lugares ver mapa anexo, que será entregue aos estudantes - a caminhada certamente durará mais que 45 min, no entanto não foi possível aumentar este tempo - a ideia é passar parte do dia visitando os lugares propostos)
Para avaliação da caminhada, após a discussão inicial e a caminhada orientada de análise, os alunos deverão, munidos de suas fotos, anotações e análises do percurso, escolher o "lugar" que mais lhe causou algum tipo de emoção/identificação. Junto com uma foto tirada pelo estudante, ele deverá escrever os motivos dessa identificação e deverá redigir uma breve carta a algum familiar ou órgão, como se vivesse na época em questão, fazendo alguma análise, solicitação etc. contextualizando com o período histórico e com o lugar que ele escolheu.