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2º Curso de Formação de Professores

Cinquenta anos do golpe e a ditadura civil-militar

120
minutos

HAVERÁ PUNIÇÃO PARA OS DITADORES E SEUS COLABORADORES? (TERCEIRO ANO/ENSINO MÉDIO)

Durante as aulas sobre Ditadura Civil-Militar e Redemocratização pretende-se a partir de documentos escritos e imagéticos, discutir e refletir conceitos como ditadura, democracia e direitos humanos, levando os estudantes a construírem seus conhecimentos sobre o período e a compreensão de temas atuais como o papel da CNV e as discussões sobre a lei da anistia.

Plano de aula construído por
Elizabet de Oliveira (Nazaré Paulista / SP)

Objetivos

Ao longo das aulas, os alunos do terceiro ano do ensino médio, deverão:

- Compreender as causas do golpe militar, que depôs o presidente Goulart em 1964.

- Identificar a participação civil em apoio aos militares, tanto na tomada do poder, quanto ao longo da Ditadura.

- Caracterizar uma Ditadura, percebendo a repressão e a violação dos direitos humanos.

- Evidenciar o papel da oposição e a figura do desaparecido político dentro de um regime autoritário, observando a continuidade de certas instituições e práticas ditatoriais em tempos democráticos.

- Entender o processo de redemocratização brasileira e seus limites, comparando-o aos casos latino-americanos.

- Problematizar a transição “negociada” para a democracia, no Brasil, e a consequente impunidade dos envolvidos com os crimes políticos de repressão.

- Valorizar as comissões da verdade, destacando suas investigações e denúncias, cobrando justiça e percebendo que é fundamental o respeito aos direitos humanos para o exercício da cidadania e para a consolidação da democracia.

Requisitos

Assistir o Trailer O ano em que meus pais saíram de férias na aula, depois o filme em casa

Café filosófico especial: debate sobre Comissão Nacional da Verdade, com Pedro Dallari e Mª Rita Kehl(4-19min)

Cópias: AI-5, Declaração Universal dos Direitos Humanos,Feliz Ano Velho(pp40-45,Marcelo Rubens Paiva) e do artigo Maior parte da população quer anular Lei da Anistia, aponta Datafolha

Retroprojetor

Avaliação

A avaliação será feita durante as aulas, de acordo com os registros feitos em observações que apontem para o interesse, o envolvimento e a participação de cada estudante. Ao mesmo tempo, se faz necessário avaliá-los no coletivo, estimulando-os para o trabalho em grupo. Assim, a leitura em sala de aula, a participação oral, a responsabilidade na execução das tarefas de casa, bem como as produções finais de um texto opinativo sobre os desaparecidos políticos e as pesquisas que lhes permitam a organização de um painel “provocativo” sobre a impunidade dos militares, envolvidos na violação dos direitos humanos, durante a ditadura civil-militar brasileira, serão instrumentos para a avaliação dos conteúdos aprendidos, bem como para os procedimentos e atitudes que devem incorporar na vida em sociedade.

1
10
min

Vídeo/Música/Imagem

Solicitar aos alunos que assistam o trailer oficial do filme "O ano em que meus pais saíram de férias".

Pedir para que respondam, oralmente, a pergunta feita pelo protagonista do filme: "Mas eles vão voltar?"

Anotar na lousa as respostas, pedir para que registrem em seus cadernos as conclusões da classe.Observar o que já sabem do tema Ditadura Civil-Militar e solicitar que assistam, em casa, o filme completo.

Arquivos e links
2
25
min

Exposição Oral por parte do professor

Partindo das respostas dos alunos, introduzir o tema Ditadura Civil Militar. Apresentar uma síntese do conteúdo, com base na cronologia do período, do golpe ao AI-5, destacando a participação civil no apoio aos militares que depuseram o presidente Jango, a organização de um governo legitimado por atos institucionais que concederam poderes extraordinários ao Executivo, limitando a liberdade de expressão e de organização dos opositores. Mostrar que o crescimento da repressão foi acompanhado pelo aumento das manifestações contra a Ditadura, e consequentemente, da repressão, o que levou ao decreto do AI-5 e a constatação da dificuldade em se combater a violência por meios políticos, mobilizando a oposição para a luta armada.

3
15
min

Atividade oral envolvendo a classe (perguntas/respostas/debate)

Fazer a leitura compartilhada do Ato Institucional nº5, entregando uma cópia do documento para cada estudante. Discutir com a classe os significados do AI-5, levando-os a perceber a "legalização" da repressão garantida pelo decreto aos "inimigos do regime".

Na sequência, ler com a classe a Declaração Universal dos Direitos Humanos, com ênfase nos artigos 3º, 5º, 7º, 8º e 9º.Solicitar que façam a leitura, em voz alta, acompanhando o texto no projetor multimídia e que respondam questões norteadoras, como por exemplo "Quais direitos humanos estavam sendo desrespeitados pelo AI-5?" "De que modo as prisões, o exílio e a tortura foram "naturalizadas" pelo Executivo?"

Ao final da atividade, problematizar os conceitos de democracia, direitos humanos e ditadura, conceituando-os a partir das reflexões feitas com a leitura e a análise dos documentos.

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4
10
min

Atividade a ser realizada em casa pelos alunos (lição de casa)

Solicitar a leitura de um trecho do livro “Feliz Ano Velho”,(pp. 40-45) de Marcelo Rubens Paiva. Pedir a produção de um texto sobre os desaparecidos políticos, dando continuidade as reflexões feitas a partir do filme “O ano em que meus pais saíram de férias”, iniciando o mesmo com a indagação: “E se eles não voltarem?”( Os alunos devem ter assistido em casa o filme completo, previamente).

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5
25
min

Exposição Oral por parte do professor

Iniciar uma aula expositiva-dialogada sobre o processo” gradual, lento e seguro” de redemocratização no Brasil, apontando as negociações que geram no período democrático, dificuldades para investigar as violações aos direitos humanos, cometidos pelo Estado, gerando impunidades e protegendo os responsáveis militares e seus colaboradores civis.Durante a aula, usar o projetor multimídia, apresentando uma linha cronológica do processo de redemocratização e trechos de textos acadêmicos(" Arqueologia da repressão e da resistência na America Latina na era das ditaduras: (décadas de 1960-1980)") e entrevistas (“O que resta da ditadura?”/ “O Brasil é o único país em que a tortura aumentou depois do regime ditatorial“) que gerem reflexão dos estudantes para que participem das aulas e construam o próprio conhecimento.

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6
15
min

Vídeo/Música/Imagem

Assistir um trecho do programa “Café filosófico especial: debate sobre a comissão nacional da verdade, com Pedro Dallari e Maria Rita Kehl”, comentar a importância de trabalhos que investigam o que aconteceu no período militar, trazendo uma narrativa não oficial, contribuindo para a reconstrução de histórias silenciadas pelos desaparecimentos e outros crimes políticos.

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7
15
min

Leitura de texto em sala de aula

Leitura compartilhada do artigo de jornal “Maior parte da população quer anular Lei da Anistia, aponta Datafolha”, do jornalista Ricardo Mendonça.Entregar uma cópia do artigo e solicitar que, alternadamente, os alunos façam a leitura em voz alta, do texto. Discutir com a turma a importância dos meios de comunicação na divulgação das pesquisas sobre os crimes políticos cometidos pelo Estado durante a Ditadura Militar, bem como sua participação na formação da opinião pública em tempos democráticos. Por fim, problematizar a própria lei da anistia, buscando os argumentos que justificam ou não a sua revisão.

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8
5
min

Atividade a ser realizada em casa pelos alunos (lição de casa)

Em grupo, realizar pesquisas sobre o trabalho das comissões da verdade. Selecionar material, em diferentes fontes, escritos e imagéticos, para a confecção de um painel coletivo, intitulado: Haverá punição dos civis e militares, envolvidos nos crimes cometidos durante a ditadura brasileira? Para que os alunos façam a lição de casa, deverão pesquisar em diferentes fontes, ficando como sugestão o material a seguir:

ALMEIDA, Maria Hermínia Tavares de; WEIS, Luiz. “Carro-zero e pau-de-arara: o cotidiano da oposição de classe média ao regime militar” in: NOVAIS, Fernando; SCHWARZ, Lilian: A história da vida privada no Brasil Vol.4. São Paulo: Companhia das Letras, 1997.

BRANDÃO, Ignácio de Loyola. Cadeiras Proibidas. 10ªed. São Paulo: Global, 2003, pp. 11-17.

Luís Fernando Veríssimo, A Mancha, coleção Vozes do Golpe, São Paulo: Companhia das Letras, 2004.

SACCHETTA, Vladimir; ROIO, José Luiz del; CARVALHO, Ricardo (orgs.). Os cartazes desta história. Memória gráfica da resistência à ditadura militar e da redemocratização (1964-1985).São Paulo: Instituto Vladimir Herzog e Escrituras Editora, 2012.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/politica-brasileconomia/33,65,33,12/2014/06/09/interna_brasil,431760/assembleia-discute-casos-de-desaparecidos-enterrados-como-indigentes.shtml

http://www.cnv.gov.br/images/pdf/cnv_parcial.pdf

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