3º Curso de Formação de Professores

História do índio na sala de aula

120
minutos

Reconstruindo a visão indígena em sala de aula a partir da perspectiva dos mitos

Atividade organizada para alunos dos 6˚anos do Ensino Fundamental II. Problematizando a visão que trazem sobre as populações indígenas e a apresentada no mito munduruku: Do centro do mundo ao mundo de cima. O autor, será apresentado como índio e cidadão brasileiro. Finalizando, retomarei os primeiros comentários feitos, com as novas informações, os pré-julgamentos modificaram-se?

Plano de aula construído por
Kerol Brombal Briotto (Valinhos / SP)

Objetivos

- Promover a formação de leitores multiculturais,

- Conhecer a pluralidade cultural do país a partir da perspectiva indígena,

- Conhecer, compreender e valorizar o outro, buscando minimizar as fronteiras culturais existentes.

- Possibilitar o acesso dos jovens alunos a textos multiculturais (multiletramento).

- Conhecer e valorizar a diversidade de grupos indígenas no Brasil.

- Possibilitar o afastamento de pré-julgamentos e visões estereotipada das populações indígenas.

- Propiciar a compreensão dos mitos como sendo importantes fontes históricas.

- Valorizar a tradição e história oral como cultura imaterial.

Requisitos

- Contos indígenas retirados das obras de Daniel Munduruku: Contos indígenas brasileiros (2005) e Histórias de Índios (1996),

- Livro paradidático: Contos Indígenas Brasileiros.

- Internet: site vídeo nas aldeias, youtube: história do Monstro Kátpy - Um dia na aldeia Kisêdjê,

- Cópias para toda a turma da página 34 do livro Histórias de índio: É índio ou não é índio?

- Folhas de A4 coloridas.

Avaliação

Verificar se os alunos são capazes de:

- Ler e interpretar textos multiculturais,

- Reconhecer o mito como importante fonte histórica.

- Localizar valores culturais, como a valorização da coragem, esperteza, inteligência e lealdade evidenciados nos mitos selecionados,

- Problematizar a origem dos povos Munduruku, Arara, Panamá, Mawé, Kaiapó,

- Localizar geograficamente essas comunidades no território nacional,

- Compreender que, apesar do contato com a cidade, foram capazes de manter suas tradições e crenças.

- Relacionar os mitos escritos (Contos indígenas brasileiros) ao mito A história do Monstro Kátpy - Um dia na aldeia Kisêdjê

- Desconstruir a ideia de que índio é apenas aquele que vive na aldeia, sem qualquer interferência cultural externa.

- Romper a ideia pré concebida de que o índio faz parte do passado, praticamente não existe mais compreendendo-o como agente transformador de sua própria história, ou seja, ultrapassando os limites pré-estabelecidos pelo etnocentrismo.

1
10
min

Atividade oral envolvendo a classe (perguntas/respostas/debate)

Debate,tempestade de ideias com os alunos: que visão trazem das populações indígenas brasileiras?

Nesse momento não irei estabelecer nenhum critério, não farei críticas ou qualquer tipo de desconstrução.

Todas as ideias e colocações apontadas serão escritas no quadro.

2
20
min

Exposição Oral por parte do professor

- Livro paradidático: Contos Indígenas Brasileiros: leitura coletiva do mito munduruku: Do centro do mundo ao mundo de cima. O objetivo é promover questionamentos acerca dos valores evidenciados no mito, como a origem dos povos Munduruku, Arara, Panamá, Mawé, Kaiapó, a valorização da coragem e lealdade. Explorarei quem são esses povos, onde vivem e que, apesar do contato com a cidade, foram capazes de manter suas tradições e crenças.

3
10
min

Vídeo/Música/Imagem

Utilizarei o vídeo A história do Monstro Kátpy - Um dia na aldeia Kisêdjê - produzidos pelo grupo Vídeo nas Aldeias em parceria com a editora Cosac Naifa, trata-se de um vídeo curto, 5:36 minutos. Nele os índios da aldeia Kisêdje apresentam a história do monstro Khátpy que vive na mata e caça índios. A esperteza e inteligência do homem Kisêdjê é ali destacada.

A história é constada pelo ancião e apresenta uma encenação que tem os próprios indígenas como atores, bem como o idioma do povo Kisêdjê, uma pena apenas a não utilização de legendas e uso da tradução sobre a fala dos índios. Destacarei a importância da história oral na transmissão do conhecimento, da valorização do mito como fonte histórica para fornecer informações sobre os grupos estudados e apresentarei ainda o sensacional projeto vídeo nas aldeias por meio do site, incentivando-os para que explorem o ambiente digital em casa.

Arquivos e links
3.1
4
30
min

Leitura de texto em sala de aula

Em grupo utilizando o livro: Contos indígenas brasileiros de Daniel Munduruku. Divisão da turma em 7 grupos, os quais ficarão encarregados da leitura e socialização de um dos contos do livro.

Grupo 1: O roubo do fogo - povo guarani (mito Guarani)

Grupo 2: A pele nova da mulher velha - povo Nambikwara (mito Nambikwara

Grupo 3: Por que o sol anda tão devagar?- povo Karajá (mito Karajá)

Grupo 4: A origem do fumo - povo Terena (mito Terena)

Grupo 5: Depois do dilúvio - povo Kaingang (mito Kaigang)

Grupo 6: A proeza do caçador contra o curupira - povo tukano (mito Tukano)

Grupo 7: A onça valentona e o raio poderoso - povo Taulipang (mito taulipang)

O objetivo é que os grupos realizem a leitura dos mitos e apresentem as ideias centrais para a sala, destacando as características das personagens dessas "histórias de se admirar", o universo cultural em que se passa a narrativa e curiosidades destacadas por eles.

5
15
min

Atividade oral envolvendo a classe (perguntas/respostas/debate)

Debate acerca da percepção da imensa riqueza cultural e étnica das populações indígenas brasileiras ligadas a seleção de povos destacados por Munduruku em seu livro.

6
10
min

Exposição Oral por parte do professor

Cópias para toda a turma da página 34 do livro Histórias de índio: É índio ou não é índio?

Por meio desse depoimento, apresentarei o autor, Daniel Munduruku, formado em filosofia, licenciado em história e psicologia, diretor-presidente do Instituto Indígena Brasileiro e que mora na cidade de Lorena, interior de São Paulo. Explorando a figura do autor, será possível desconstruir a ideia de que índio é apenas aquele que vive na aldeia, sem qualquer interferência cultural externa.

Arquivos e links
7
25
min

Produção escrita em grupo (alunos)

As ideias iniciais estarão escritas e expostas no quadro, solicitarei para cada grupo escreva, em uma cartolina colorida, palavras chaves ligadas aos povos indígenas brasileiros, resultado das discussões e leituras realizadas.

A avaliação final será verificar se os alunos foram capazes de romper a ideia pré concebida de que o índio faz parte do passado, praticamente não existe mais, compreendendo-o como agente transformador de sua própria história, ou seja, ultrapassando os limites pré-estabelecidos pelo etnocentrismo.

O material deverá ser exposto em um local de circulação de demais alunos, ampliando para outras turmas o debate.

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