Levar os alunos a estabelecerem conexões entre a história da ocupação do território pertencente atualmente ao Brasil e a identidade e o pertencimento existentes entre os povos indígenas que aqui vivem e suas terras.
Levá-los também a entenderem e se inserirem na discussão acerca da violência que se estende a diversos povos indígenas no Brasil.
Supõe-se que nas aulas anteriores tenhamos analisado os deslocamentos humanos e possíveis teorias e sentidos em que se deram as ocupações dos continentes.
Materiais: Giz, lousa, Data-show com mapa-múndi, mapa das Américas, imagens de arte rupestre no Brasil, imagens da cerâmica Marajoara e mapa do Brasil indígena e o documentário Corumbiara, de Vincent Carelli.
Consiste em um artigo de opinião que deve ser elaborado individualmente após a aula, no qual o aluno deve criar e estabelecer ligações entre o tema da ocupação do território brasileiro e as questões indígenas atuais, apresentadas parcialmente no documentário proposto.
Há intenção em trabalhar as habilidades e competências da escrita, argumentação e organização de documentos e fontes.
Discutiríamos sobre a avaliação em sala após a correção.
Destaca-se o fato de a aula ser na sala de vídeo, para que seja possível usar o data-show na apresentação dos mapas e imagens.
Nesta primeira parte expositiva haveria uma explicação sobre o tema da aula, os possíveis fluxos migratórios que constituíram a ocupação do atual território brasileiro. No entanto, usaríamos um mapa-múndi e um mapa da ocupação das Américas (anexos 2 e 1, respectivamente) para relembrarmos das aulas anteriores, tirar possíveis dúvidas e prosseguir com o conteúdo proposto, já que a linha teórica apresentada nestas aulas (com base em Eduardo Natalino dos Santos e Carlos Fausto) supõe que a ocupação das Américas tenha ocorrido no sentido norte-sul.
Contudo, com um mapa do "Brasil indígena"(que contém a localização de alguns povos), refletiríamos sobre os possíveis fluxos migratórios (citados em Carlos Fausto) que teriam ocorrido em um formato parecido com o de uma pinça. Tais fluxos ocorreram pelo interior amazônico e o litoral brasileiro, constituindo duas faixas pelas quais se distribuíram os povos indígenas no sentido norte-sul.
Para estimular os alunos a refletirem sobre o tema e estabelecer ligações entre os fluxos migratórios e as culturas que se formaram posteriormente nestes territórios, passamos a analisar o mapa do "Brasil indígena" e alguns elementos da cultura material de alguns povos da região norte do Brasil, mais especificamente ligados à cerâmica Marajoara. O objetivo é que os alunos tirem suas conclusões a respeito da localização destes povos com relação ao sentido em que se deu a ocupação territorial do Brasil. Analisaríamos também as pinturas rupestres da Serra da Capivara (PI), abordando o processo pelo qual passaram os primeiros habitantes deste território.
Todas as imagens seriam apresentadas com algumas questões aos alunos, como: Alguém conhece oque está sendo apresentado? Há semelhanças com algo que já viram? Comentem os detalhes das imagens. O quê significam?
Esta atividade conclui-se com a apresentação de uma charge de Carlos Latuff que aborda a questão dos conflitos indígenas pelas terras. Introduzindo a próxima parte da aula, coloca-se as seguintes questões: O quê o autor da charge quis abordar? Em que situação encontra-se o sujeito da imagem?
Após a aula expositiva e a breve discussão com a sala, assistiríamos a primeira parte do documentário Corumbiara, de Vincent Carelli, que aborda o massacre dos povos indígenas de Corumbiara (RO) durante a década de 1990, estabelecendo relações entre o tema e as questões indígenas atuais, com destaque para a questão da terra.
Nos últimos minutos de aula, propõe-se que os alunos façam um artigo de opinião relacionando da forma que preferirem os seguintes temas: - A ocupação do território brasileiro e o desenvolvimento das diversas culturas indígenas
- A questão indígena atual; a questão da terra.
Os objetivos desta avaliação consistem em possibilitar que os alunos desenvolvam a escrita, a argumentação, análise de fontes históricas e a visão crítica perante as realidades diversas.
Após a correção, haveria comentários e discussão sobre as produções dos alunos.