Apresentamos aqui dois documentos:
a) um trecho do livro Feliz Ano Velho (1982), de Marcelo Rubens Paiva, uma autobiografia escrita após sofrer um acidente em Campinas, aos 20 anos, que o deixou tetraplégico;
b) uma lista de pertences, documento encontrado em novembro de 2012 na casa de um coronel reformado, assassinado naquele ano em Porto Alegre.
“Meu pai me ensinou a andar a cavalo. Meu pai me ensinou a nadar. Me incentivou a ser moleque de rua (...)"

Depois da leitura de ambos, escolha uma das alternativas.
Alternativas
Comentário
Do livro Feliz Ano Velho, destacamos o trecho em que Marcelo Rubens Paiva conta o desaparecimento de seu pai, em 1971. É um relato do filho de um desaparecido que mostra o sofrimento por que passaram aqueles que perderam familiares durante a ditadura militar, o desespero da ausência sem explicação, mostrando também as estratégias utilizadas pelo Estado para encobrir seus atos. O documento “b” foi encontrado na casa do Coronel do Exército Júlio Miguel Molinas Dias, ex-comandante do Destacamento de Operações de Defesa Interna (DOI-CODI), assassinado em novembro de 2012 em Porto Alegre, tendo se tornado a mais importante prova da prisão de Rubens Paiva, sempre negada pela versão oficial do Exército, apontada no relato de Marcelo. A partir da análise dos documentos sobre o caso, Cláudio Fonteles, coordenador da Comissão da Verdade, afirmou de fato que três agentes torturam e mataram Rubens Paiva, dos quais um já morreu.