25ª questão
A partir do trecho sobre a história da cartografia, escolha uma alternativa:
“(...) a pesquisa da História da Cartografia sobre a origem da cartografia é infinita. Os historiadores acreditam na possibilidade de descobrir mapas mais antigos que o de Catal Hyük (...)"
Por mares nunca dantes cartografados Texto acadêmico
Alternativas
A. No Renascimento ampliou-se o conhecimento cartográfico, a partir da apropriação de textos antigos que foram preservados, principalmente, pelos bizantinos e no idioma árabe.
B. As transformações e as especificidades relativas ao ofício de cartógrafo no período dos Descobrimentos, sugerem o progresso contínuo do pensamento científico, que superou antigas premissas de navegação e rompeu com as áreas do conhecimento matemático, histórico e astrológico.
C. O desbravamento dos mares entre os séculos XV e XVI foi possível, em parte, pela preservação e estudo do conhecimento marítimo e cósmico deixados pelos homens desde a Antiguidade por meio dos mapas e de seus comentários técnicos.
D. A viagem de Colombo ao Novo Mundo pode ser lida como um grande exemplo da influência dos mapas antigos na navegação moderna, indicando uma intensa circulação dos saberes.
Comentário
Apesar de essa questão poder ser enquadrada como “História geral”, uma vez que não traz a análise de um documento específico sobre a História ou a historiografia brasileira, ela tem como objetivo pensar o Brasil dentro da perspectiva de uma história mais global. Afinal, é possível dissociar uma coisa da outra? É claro que recortar um tema, como é feito na Olimpíada ao retratar essencialmente a história brasileira, faz parte de um processo reflexivo, mas também é preciso lembrar a possibilidade de pensar outros tantos recortes historiográficos e temporais. Dessa forma, refletir sobre a história da cartografia ocidental é pensar a circulação dos saberes náuticos desde o início de seu registro com os gregos, que influenciaram fortemente o período das Grandes Navegações, a partir do qual foram incorporadas novas rotas comerciais e o continente americano à realidade europeia. O Renascimento europeu trouxe uma reviravolta tanto na elaboração de mapas quanto no conhecimento dos mais antigos, pois os tornavam acessíveis a um público amplo, havendo, inclusive, uma profusão de traduções de tratados e de mapas para os idiomas latinos. Colombo, por exemplo, fundou sua teoria sobre a circunavegação – apresentada primeiramente ao rei português D. João II que lhe negou financiamento – nos escritos de Ptolomeu (século II d. C.).
