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30ª questão

Ouça a música na interpretação da dupla Pena Branca e Xavantinho, leia a letra e escolha a alternativa:

"Cheguei na beira do porto onde as onda se espaia. As garças dá meia vorta e senta na bera da praia. E o cuitelinho não gosta que o botão de rosa caia, ai, ai, ai... (...)"

CuitelinhoLetra de Música
 

Alternativas

A. O fato de não se conhecer o autor desta canção indica uma realidade de transmissão de experiências e conhecimentos, de geração em geração.
B. O uso de expressões que não se valem da norma culta de nossa língua contribui para o atraso cultural do interior do país.
C. O lirismo da canção une a descrição da natureza do Mato Grosso à realidade social de um dado momento e os sentimentos de saudades daquele que deixou a sua própria terra.
D. Pode-se inferir que o sujeito da canção, ao encontrar “revolução” e “fortes batalhas”, referia-se à Guerra da Tríplice Aliança, que avançou pelas terras do Mato Grosso.



 

Comentário

Esta canção aparece com frequência em provas vestibulares, constou do ENEM 2010, etc. No entanto, vimos a oportunidade de comentá-la menos pelo lado do uso da língua portuguesa como pronúncia do interior e mais pela situação que descreve ou pelo fato de ser uma canção do folclore, sem autoria conhecida. Observe que uma das belezas da música está na forma como mantém a pronúncia do falante do interior do Brasil (batáia – batalha; naváia – navalha) etc. Esta forma de pronunciar é arcaica e tem raízes no que na língua espanhola se chama “veísmo”, onde os dois “L” são pronunciados como “i”, como na palavra “caballo”. BAGNO, Marcos, A Língua de Eulália, Ed. Contexto, 1997.

A canção foi recolhida do folclore do Estado do Mato Grasso e adaptada por Paulo Vanzolini e Antônio Xandó. A canção é um exemplo de transmissão oral de canções e melodias, que folcloristas e músicos recolheram e registraram na forma de partitura ao longo do tempo. Como não possui um autor específico, podemos apenas inferir seu significado, que une a descrição dos aspectos geográficos do local (porto, possivelmente Corumbá) com sua população de garças, a Guerra do Paraguai (que nas alternativas chamamos de Guerra da Tríplice Aliança) devido ao fato de que tropas paraguaias avançaram pelo Mato Grosso, tomando Corumbá, Albuquerque, Dourados, entre outras.