Ouça a música na interpretação da dupla Pena Branca e Xavantinho, leia a letra e escolha a alternativa:
"Cheguei na beira do porto onde as onda se espaia. As garças dá meia vorta e senta na bera da praia. E o cuitelinho não gosta que o botão de rosa caia, ai, ai, ai... (...)"
Alternativas
Comentário
Esta canção aparece com frequência em provas vestibulares, constou do ENEM 2010, etc. No entanto, vimos a oportunidade de comentá-la menos pelo lado do uso da língua portuguesa como pronúncia do interior e mais pela situação que descreve ou pelo fato de ser uma canção do folclore, sem autoria conhecida. Observe que uma das belezas da música está na forma como mantém a pronúncia do falante do interior do Brasil (batáia – batalha; naváia – navalha) etc. Esta forma de pronunciar é arcaica e tem raízes no que na língua espanhola se chama “veísmo”, onde os dois “L” são pronunciados como “i”, como na palavra “caballo”. BAGNO, Marcos, A Língua de Eulália, Ed. Contexto, 1997.
A canção foi recolhida do folclore do Estado do Mato Grasso e adaptada por Paulo Vanzolini e Antônio Xandó. A canção é um exemplo de transmissão oral de canções e melodias, que folcloristas e músicos recolheram e registraram na forma de partitura ao longo do tempo. Como não possui um autor específico, podemos apenas inferir seu significado, que une a descrição dos aspectos geográficos do local (porto, possivelmente Corumbá) com sua população de garças, a Guerra do Paraguai (que nas alternativas chamamos de Guerra da Tríplice Aliança) devido ao fato de que tropas paraguaias avançaram pelo Mato Grosso, tomando Corumbá, Albuquerque, Dourados, entre outras.