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Reflexões sobre ensino de história
Postado por Assessoria de Comunicação em 04 de maio de 2015Como uma olimpíada científica pode ser usada como recurso didático para o ensino de história? Essa foi a pergunta colocada pelo professor Augusto Ridson de Araújo Miranda em sua pesquisa de mestrado em Educação na Universidade Estadual do Ceará. Ridson é especialista em metodologias do ensino de história pela mesma Universidade e professor efetivo da rede cearense pública de ensino e de escolas particulares na cidade de Maracanaú, na Região Metropolitana de Fortaleza. Desde 2011 ele atua como orientador de estudantes das redes pública e particular na Olimpíada Nacional em História do Brasil com ótimos resultados. Em 2011 foi medalhista de ouro e finalista nos anos seguintes.
A experiência positiva na competição o motivou a escolher a ONHB como objeto de pesquisa de mestrado. Recentemente ele publicou alguns resultados dessa análise no artigo “Projeto ‘Olimpíada Nacional em História do Brasil’ na E.E.F.M. Tenente Mário Lima: educação história em prática”, no livro Ensino de história na educação básica: reflexões, fontes e linguagens (Editora da UECE, 2015).
Novos olhares – Para Ridson, a ONHB pode contribuir para repensar a ação docente em sua prática em sala de aula. Segundo ele, a participação na Olimpíada pode ser usada como um instrumento a ser explorado pelo professor de história porque promove o contato com fontes históricas diversas: trechos de músicas, cartas, mapas, exposições museológicas, recortes de jornais, entre outros, possibilitando que os estudantes tenham contato com o material de trabalho do historiador. Com isso: “o estudo de história ganha outros significados e melhoram os índices cognitivos dos alunos”, afirma. Ainda de acordo com ele, o formato da Olimpíada, amplia a perspectiva dos estudantes sobre o que a disciplina História. Ele aprende que o conhecimento depende da consulta a diferentes tipos de fontes, de comparar informações. “Decorar datas e fatos não é o ponto final, mas sim, mais um dado a ser analisado e compreendido”, pontua.
Diálogos – Diante dos desafios do ensino de história na contemporaneidade, a ONHB surge como um aporte significativo, uma iniciativa que abre espaço para novos diálogos e novos formatos para ensinar e aprender ao utilizar novas tecnologias, enfatizar discursos plurais acerca do passado e também do presente. O professor destaca ainda que o formato de competir em equipes formadas por alunos e um professor confere um papel relevante para o docente, que assume papel de mediador de saberes diferenciados e motivador de práticas também diferenciadas, “um papel que só é bem exercido em diálogo com os estudantes”, finaliza.
Assessoria de Comunicação
ONHB
