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“Entre o anel e a espada…
A expressão tomou foros de verdade, e vai sendo repetida, quase consagrada: ‘Brasil… país de doutores!’. Do país de doutores é que o Brasil não tem nada. É a realidade fria das cifras estatísticas quem nos mostra o contrário: o Brasil tem, sim, é uma carência de ‘doutores’. De ‘doutores’ que sejam engenheiros, agrônomos, veterinários, químicos, dentistas, médicos. Até mesmo bacharéis!… Por outro lado (numa porcentagem muito significativa) uma consulta efetuada junto a jovens estudantes, aqui do Distrito Federal, vem nos mostrar uma forte inclinação pela carreira militar, representada pelas clássicas 3 armas. Dos estudantes cariocas ouvidos pelo IBOPE (entre ginásio e colégio) cerca de 30% irão tentar a Aeronáutica, a Marinha ou o Exercito. 30% que se concentram numa só profissão – embora em 3 ramos – e a que se contrapõe 70% divididos em vinte e uma profissões! Entre o anel e a espada, os corações balançam…
(…)
A primeira pergunta [feitas aos jovens entrevistados] foi:
Aos 87.6% com ideia já formada, foi feita a pergunta:
(…)
Há bons indícios. O inquérito do IBOPE já mostra boa parcela dos jovens cujos pais não são formados, buscando o ingresso nas Faculdades. E é preciso destruir o falso conceito: ‘O Brasil não é o país de doutores. De militares, quando muito.’”
Sobre este documento
Fundo IBOPE, PE 022/08 – Arquivo Edgard Leuenroth (UNICAMP).
IBOPE