“Na Fábrica Mariângela, como aliás em quase todos os ergástulos industriais, continuam as crianças a ser vítimas da ganância do conde que ainda há pouco esbanjou somas enormes em provocadora ostentação de grandezas.
Na seção de fiação, principalmente, a situação dos obreiros é insustentável, pois chega-se a ganhar salários mensais de 60$000 e 70$000. Ali o pessoal é composto em sua maioria de menores, sujeitos às brutalidades do mestre, um tipo inconstante e prepotente, que vive a se espojar aos pés dos direitos da fábrica, tratando, ao mesmo tempo, os operários assim com atitudes de quem pretende ter o rei na barriga.”
Sobre este documento
A Plebe, 20 março de 1920.
A Plebe