O objetivo da aula é que alunos do 8º ano do ensino fundamental II (13/14 anos de idade) entendam:
1- Que o conhecimento histórico é construído;
2- Como as imagens podem fazer parte desta construção;
3- A necessidade de se ter uma visão crítica da história;
4- Qual é o trabalho do historiador;
Computador;
Projetor;
Sistema de som;
Acesso à internet ou recursos baixados no computador.
Imagens:
1- Quadro "Independência ou morte", de Pedro Américo, de 1888.
2- Quadro "1807, Friedland", de Ernest Meissonier, de 1875.
3- Cena do grito do Ipiranga retirada do filme "Independência ou morte", de 1972.
4- Cena do grito do Ipiranga retirada da minissérie "O quinto dos infernos", de 2002.
Os alunos desenvolverão um projeto através do qual agirão como historiadores. O trabalho será individual.
Cada aluno escolherá um objeto que seja importante para sua família, não só por razões sentimentais, mas por razões históricas. O objeto deverá revelar aspectos importantes sobre sua família. O aluno fará uma pesquisa sobre o objeto em si, descobrindo quando foi fabricado, quando chegou em sua família, de que forma chegou e o que estava acontecendo em sua família no momento em questão. Posteriormente, analisará por que o objeto tem valor para sua família e o que pode revelar sobre ela. O aluno preparará uma apresentação em sala para seus colegas. Deverá mostrar o objeto ou uma fotografia deste e contar a história do objeto com sua família. Explicará o que, em sua visão, o objeto diz sobre sua família. Os demais alunos, então, passarão a discutir sobre o objeto e a apresentação, dizendo o que mais poderiam concluir sobre o aluno e sua família a partir do objeto escolhido.
Este protocolo se repetirá na apresentação de cada aluno.
Os alunos deverão, então, produzir um texto, avaliando o projeto que fizeram e assistiram, enquanto trabalho histórico. Responderão se os objetos apresentados pela turma podem ser considerados fontes históricas e porquê. Explicarão como a investigação sobre o objeto e as conclusões sobre as famílias se comparam ao trabalho do historiador. Concluirão apontando quais devem os quesitos básicos seguidos para que o trabalho de um historiador possa ser considerado adequado.
Em seguida, toda a turma passará a compartilhar e discutir os pontos do texto, chegando a um melhor entendimento do trabalho do historiador.
Mostrar o quadro "Independência ou morte" de Pedro Américo e guiar os alunos em suas observações. Os alunos descreverão oralmente o quadro, observando a quantidade de pessoas, as vestimentas, os animais, os transeuntes, a paisagem. Identificarão de que momento histórico se trata a tela. Passarão a discutir que sentimentos o quadro suscita e o que pode estar querendo dizer sobre a proclamação da independência.
Mostrar o quadro "1807, Friedland ou morte" de Ernest Meissonier e guiar os alunos em suas observações. Os alunos descreverão oralmente o quadro, observando a quantidade de pessoas, as vestimentas, os animais, os transeuntes, a paisagem. Serão informados que se trata da batalha de Friedland, vencida por Napoleão. Discutirão que sentimentos o quadro suscita e o que pode estar querendo dizer sobre Napoleão.
Os alunos passarão a comparar o quadro com a tela anterior sobre a independência do Brasil, percebendo suas semelhanças. Serão informados das datas das duas obras (1875 e 1888), podendo concluir que Friedland serviu de inspiração para Pedro Américo.
O professor explicará que o quadro de Pedro Américo foi uma encomenda do governo imperial, buscando enaltecer a monarquia. Passará, então, a explicar como interesses políticos e ideológicos influenciam em como a história é contada. Será que a proclamação da independência ocorreu como sugere o quadro?
Os alunos assistirão à cena do grito do Ipiranga retirada do filme "Independência ou morte", de 1972. O professor deverá pausar o vídeo imediatamente após o grito. Neste momento, é possível perceber que a cena congelada é exatamente a cena pintada por Pedro Américo. Os alunos devem chegar a esta conclusão. O professor informará que o filme é foi produzido durante o regime militar com o propósito de comemorar os 150 anos da independência do Brasil. Os alunos devem discutir, oralmente, sobre o que o filme procura transmitir.
Os alunos assistirão à cena do grito do Ipiranga retirada da minissérie "O quinto dos infernos", de 2002. O professor informará a data da produção e os alunos deverão apontar, oralmente, as diferenças entre as duas cenas, a saber: a quantidade de pessoas envolvidas, as vestimentas, o contexto de parada. Também devem indicar as semelhanças, por exemplo, os cavalos, a personalidade de D. Pedro, o clima emocional.
O professor explicará brevemente o contexto da viagem de D. Pedro e o que se sabe sobre ela (mulas ao invés de cavalos, vestimentas simples, poucas pessoas, etc). Explicará que um mesmo evento pode ser contado de formas diferentes dependendo do interesse em questão. O interesse pode ser enaltecer uma nação, criar um herói, gerar identidade de povo, mas também pode ser desconstruir uma história, ridicularizar figuras políticas, gerar insatisfação. A interpretação da história é o que pode-se chamar de construção do conhecimento histórico. O professor passará a destacar a importância do trabalho do historiador e como deve ser feito, sempre se referindo à turma e convidando a participação.
O professor proporá um projeto a ser preparado em casa para ser apresentado em sala e aulas futuras.
Os alunos desenvolverão um projeto através do qual agirão como historiadores. O trabalho será individual.
Cada aluno escolherá um objeto que seja importante para sua família, não só por razões sentimentais, mas por razões históricas. O objeto deverá revelar aspectos importantes sobre sua família. O aluno fará uma pesquisa sobre o objeto em si, descobrindo quando foi fabricado, quando chegou em sua família, de que forma chegou e o que estava acontecendo em sua família no momento em questão. Posteriormente, analisará por que o objeto tem valor para sua família e o que pode revelar sobre ela. O aluno preparará uma apresentação em sala para seus colegas.
Os alunos devem ter uma aula, entre a anterior e esta, para apresentar seus trabalhos conforme explicado na parte sobre avaliações.
O professor explicará então a seguinte atividade para casa:
Tendo em mente as apresentações orais dos objetos históricos e a leitura do texto anexo, os alunos deverão produzir um texto, avaliando o projeto que fizeram e assistiram, enquanto trabalho histórico. Responderão se os objetos apresentados pela turma podem ser considerados fontes históricas e porquê. Explicarão como a investigação sobre o objeto e as conclusões sobre as famílias se comparam ao trabalho do historiador. Concluirão apontando quais devem os quesitos básicos seguidos para que o trabalho de um historiador possa ser considerado adequado.
A turma passará a compartilhar e discutir os pontos do texto, chegando a um melhor entendimento do trabalho do historiador.