120
minutos

ENTRE A (DES)ORDEM E O PROGRESSO: A TEORIA DO BRANQUEAMENTO E A PRODUÇÃO IMAGÉTICA NA PRIMEIRA REPÚBLICA

Nesta sequência didática buscamos, por meio da análise imagética, refletir sobre como se deu o processo de construção da teoria do branqueamento no Brasil. A consolidação dessas ideias “pseudo científicas” culminou na formação de um ideário racista que desvalorizou a figura de negros e mestiços e imputando-os, a culpa pelas mazelas sociais que atingiram o Brasil na virada entre o século XIX e XX.

Plano de aula construído por
Manuela Arruda dos Santos Nunes da Silva (Pontes e Lacerda / MT)

Objetivos

GERAL

Refletir sobre os aspectos histórico-culturais acerca das representações sobre os negros nas artes visuais no pós-abolição e começo da República no Brasil.

Objetivos Específicos

Analisar como foi o processo de construção de imagens e estereótipos negativos sobre a população negra no Brasil;

Oportunizar a reflexão coletiva dos discentes, por meio da análise de imagens produzidas no período em tela;

Contribuir de forma significativa para a (re)construção de uma identidade positivada sobre o que é ser negro e afrodescendente, contemplando assim o que está disposto na lei 10.639/03 que trata do Ensino da Cultura afro-brasileira no ambiente escolar.

Requisitos

Conhecimento prévio: os educandos devem já ter tido um panorama geral sobre o processo de transição do Império para a República no Brasil.

Recursos Humanos:Professor de História;

Recursos Materiais: Sala de aula; Projetor de imagens; Notebook; Caixa de som; impressão de textos sobre a temática. Reprodução das telas: A redenção de Cam e a Pátria.

Fotografias de escravos no século XIX.

Avaliação

O processo avaliativo será contínuo. Há que se considerar que a sequência didática foi planejada levando em consideração que o público alvo são alunos do 3º ano do Ensino Médio. A primeira etapa de se constitui como uma avaliação diagnóstica, com o objetivo verificar o conhecimento prévio dos estudantes sobre o assunto. A dinâmica consiste em solicitar que os alunos se expressem oralmente sobre o que conhecessem acerca do processo de abolição da escravidão no Brasil, da transição do Império para a República e o que sabem sobre as fotografias, charges e telas do período em estudo. Levar-se-á em conta a participação efetiva dos estudantes ao longo de todo o processo, seja por meio dos debates, análises dos textos e imagens que remetem a questão. Objetivamos estimular os educandos a desenvolverem suas potencialidades e criticidade para além dos conhecimentos históricos. Analisaremos, principalmente, os avanços individuais dentro da coletividade e a participação no desenvolvimento de todas as atividades (de acordo com as peculiaridades de cada aluno) no decorrer das 2 duas aulas de 60 minutos.

Ensejamos, sobretudo que o contato com temas ajudem a desconstruir estereótipos e estigmas sobre os africanos e afrodescendentes. Bem como fazê-los refletir que a formação do racismo a brasileira foi uma poderosa construção discursiva, ou seja, não é natural, mas cultural. Os estudantes serão estimulados a expressar suas opiniões, por meio da exposição oral e escrita de suas concepções, bem como a realização de debates coletivos, a fim de que possamos partilhar o conhecimento que foi sendo construído individual e coletivamente.

Primando pelo trabalho interdisciplinar, juntamente com a professora de artes e de língua portuguesa proporemos as seguintes atividades: o estudante poderá escolher se quer ser avaliado por sua produção textual ou imagética. A ideia é que de posse de todas as informações trabalhadas em sala eles possam assumir o papel de historiadores e “reescrever” esse capítulo da História do Brasil, seja escrevendo um texto crítico em que aborde a questão do negro pós-abolição ou produzindo uma imagem (pode ser uma pintura, desenho ou colagem) que vá de encontro a figura do negro já cristalizada da historiografia oficial. Posteriormente, será feito um apanhado dos textos e imagens produzidos para posterior exibição em murais e nas redes sociais da escola.

1
15
min

Exposição Oral por parte do professor

Explanação inicial sobre o tema tratado. Apresentação dos objetivos da aula e sobre a metodologia dos conteúdos que serão trabalhados ao longo das aulas.

2
20
min

Exposição Oral por parte do professor

Apresentação de fotografias de escravos de várias partes do país feitas no século XIX.

O vídeo tem 5.54 minutos e após a exibição, o professor faz uma explanação oral. A ideia é mostrar para os alunos a importância desses registros como fontes históricas e, problematizar sobre as condições de produção dessas fotos. Evidenciando que a fotografia não necessariamente mostra a "realidade" e que é preciso pensar a intencionalidade e os sentidos de produção do documento fotográfico.

Arquivos e links
2.1
3
25
min

Leitura de texto em sala de aula

Abordagem conceitual sobre a teoria do Branqueamento e apresentação da tela a Redenção de Can.

Leitura em sala do texto: LOTIERZO, Tatiana. Racismo e pintura no Brasil: notas para uma discussão sobre cor, a partir da tela A redenção de Cam. 19&20, Rio de Janeiro, v. IX, n. 2, jul./dez. 2014.

A Redenção de Cam. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2017. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/obra3281/a-redencao-de-cam>. Acesso em: 24 de Abr. 2017. Verbete da Enciclopédia.

ISBN: 978-85-7979-060-7

Arquivos e links
4
10
min

Vídeo/Música/Imagem

Exibição da tela: A Pátria do pintor Pedro Bruno como contraponto a discussão da teoria do Branqueamento.

Arquivos e links
5
20
min

Atividade oral envolvendo a classe (perguntas/respostas/debate)

Debate sobre as imagens que foram trabalhadas em sala de aula com os estudantes.

6
30
min

Outro tipo de produção (cartazes, produção de desenhos a mão livre)

Os alunos poderão produzir textos, imagens e/ou colagens para expressar suas reflexões/sentimentos/aprendizados a respeito do tema que estudaram. Após a finalização dos trabalhos, eles poderão ser postados no blog e nas redes sociais da escola.

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