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Sobre os documentos, é possível afirmar:
Alternativas
Comentário
As questões 6 e 7 trazem documentos constantes do acervo do DOPS.
O acervo do Departamento de Ordem Política e Social, o DOPS, é conhecido por seus prontuários produzidos durante as ditaduras brasileiras, principalmente a de 1964. No entanto, o trabalho de informação do Estado brasileiro, mesmo que em diferentes momentos políticos, já se desenvolvia desde a fundação do DOPS, em 1924. Este serviço de informação poderia reunir dados provenientes das Forças Armadas, do Destacamento de Operações de Informações – Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-CODI) ou mesmo do Poder Executivo. O acervo era alimentado por agentes da polícia, por secretas (que eram os agentes não identificados) e até mesmo por cidadãos que enviavam cartas reportando o que consideravam atividades estranhas ou subversivas. A documentação dos anos 1920 e 1930 não foi toda preservada, mas ainda é possível ter acesso a dossiês que contém vasta informação sobre a atividade política dos trabalhadores no período. A polícia acompanhava de perto as relações de trabalho e mantinha uma relação próxima de troca de informações com o Departamento Estadual do Trabalho do Estado de São Paulo. Dessa forma, é possível ter acesso a informações, como nos documentos desta questão, sobre a atuação de trabalhadoras. Há que se lembrar que as tecelagens eram fortemente caracterizadas pelo trabalho feminino mas que as mulheres frequentemente não estavam ligadas a cargos de destaque nos sindicatos ou nos partidos políticos, ainda que efetivamente estivessem mobilizadas e organizando e greves dentro de seus locais de trabalho. Assim, utilizando um documento da polícia sobre a greve, conseguimos vislumbrar a importância destas mulheres, invisibilizadas em outras instâncias.