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“Ainda no século XVIII, o fandango aportou no litoral paranaense, assim como em muitas partes do Brasil, por mãos e pés de colonos portugueses (...)"
Acerca do fandango caiçara podemos dizer que:
Alternativas
Comentário
O fandango caiçara é uma expressão musical, coreográfica, poética e festiva característica das populações do litoral norte do Paraná e litoral sul de São Paulo. Como expresso no dossiê de registro do fandango apresentado pelo IPHAN em dezembro de 2011, trata-se de um conjunto de práticas que perpassam o trabalho coletivo, a religiosidade, o divertimento, o prestígio e as rivalidades. Os instrumentos musicais, como a viola, a rabeca e o adufo, são geralmente produções artesanais e as letras das músicas em sua maioria abarcam temas do cotidiano. Já as danças são ritmadas com fortes batidas dos pés dos homens que utilizam tamancos de madeira. Considerado Patrimônio Imaterial, o fandango teve suas práticas e saberes ressignificados pelos atores sociais inseridos em contextos distintos e continua a agitar bailes das populações locais. Por fim, como expressa José Augusto Leandro, mesmo diante de casos de fandangueiros detidos pela polícia, estando muitas vezes embriagados, “seria uma conclusão leviana imaginar que os fandangos eram necessariamente violentos. Certamente, centenas de festas foram realizadas sem barulho algum além da música e da dança.” Em relação à “Cataia”, de fato trata-se de uma bebida bastante consumida no litoral norte do Paraná e sul de São Paulo, mas não há, necessariamente, relação entre ela e o fandango.