Estórias Gerais foi publicada pela primeira vez em 2001. Trata-se de uma história em quadrinhos de Wellington Srbek e Flávio Colin, na qual se apresenta a fictícia cidade mineira de Buritizal, às margens do Rio São Francisco, na década de 1920. Nela, um jovem jornalista, Ulisses de Araújo, aguarda a chegada da expedição comandada pelo Coronel Odorico Pereira, esperança de paz para a região. O personagem registra as ações dos grupos de Antonio Mortalma e Manoel Grande.
Após ler o trecho destacado da HQ, em que o jornalista encontra-se com Mortalma, escolha uma das alternativas, combinando a análise da fonte aos seus conhecimentos:
Alternativas
Comentário
Com roteiro de Wellington Srbek e ilustrações de Flavio Colin, a história em quadrinhos Estórias Gerais foi publicada pela primeira vez em 2001, pela Lei de Incentivo à Cultura do Governo de Minas Gerais, e recebeu diversos prêmios – como o troféu HQ MIX de Melhor Graphic Novel Nacional e o troféu Angelo Agostini de melhor roteirista e melhor desenhista. Publicada também no exterior, em países como França e Espanha, a HQ de Srbek e Colin pode ser entendida como uma crônica visual do Brasil, já que apresenta histórias que se entrelaçam para explorar os violentos conflitos entre grupos de bandoleiros rivais no sertão mineiro, na década de 1920, remetendo ao período do cangaço e explorando também o despreparo dos efetivos militares enviados para combater os bandos. Claramente influenciado pela obra de Guimarães Rosa, Estórias Gerais cria uma contraposição entre o “homem do sertão” e o “homem da cidade” na medida em que acompanha as impressões do jornalista Ulisses de Araújo sobre a cidade e a população da cidade fictícia de Buritizal. Os traços de Flavio Colin remetem à técnica da xilogravura, tão usual na ilustração da literatura de cordel, e elementos da oralidade são resgatados pelo texto da graphic novel. Assim com o Morro da Favela, de André Diniz, e Almas Públicas de Marcello Quintanilha, ambas de 2011, Estórias Gerais é um exemplo de histórias em quadrinhos que podem ser entendidas como crônicas visuais do Brasil.