Questões


10ª 11ª – Tarefa
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6ª questão

Observe os documentos e escolha uma alternativa.

"O animal de que falo é, em poucas palavras, tão disforme quanto seria possível crer ou imaginar."

"Nestes matos se cria um animal mui estranho, a que os índios chamam aí, e os portugueses preguiça, nome certo mui acomodado a este animal (...)"

A preguiçaDesenho
 

Alternativas

A. As formas como os autores representam o bicho-preguiça nos remetem ao conhecimento europeu do século XVI, pois usaram elementos da cultura, religião e fauna difundidos no Velho Mundo a fim de serem compreendidos por seus leitores.
B. Os autores aproveitaram alguns conhecimentos adquiridos do universo indígena para comporem suas descrições sobre as características e os hábitos do "Haüt", “ai” ou "preguiça".
C. Andre Thevet e Soares de Souza eram naturalistas e vieram para o continente com o propósito de elaborarem seus cadernos sobre a fauna e a flora do Novo Mundo.
D. As particularidades da natureza sempre fascinaram os viajantes europeus que passavam uma temporada na América, o que se pode notar, por exemplo, nas inúmeras e minuciosas descrições feitas sobre o bicho-preguiça.



 

Comentário

Os relatos sobre a natureza brasileira são uma constante em nossa história colonial, produzidos por viajantes de diferentes lugares da Europa e, inclusive, organizados segundo objetivos e interesses diversos. André Thevet (1502-1590) foi um frade e cosmógrafo francês que fez parte de uma expedição à França Antártica, permanecendo apenas 10 semanas entre 1555 e 1556 no Brasil. Gabriel Soares de Souza (1540-1591), colono português, fundou um engenho durante seus longos anos de estada na Bahia, também participou da Câmara de Salvador e é considerado o explorador do Rio São Francisco. Ambos se deslumbraram com as peculiaridades naturais da terra e os costumes indígenas, deixando em seus livros curiosas descrições. Independentemente do tempo de suas experiências em terras brasileiras, ambos apontam nas descrições do bicho-preguiça uma atenção às definições próprias dos indígenas sobre o ambiente em que viviam. No entanto, para registrarem suas experiências na colônia, traduziram as novidades conforme suas referências culturais prévias. Suas compreensões de mundo, e a de seus leitores (europeus), faziam necessárias as comparações do bicho-preguiça com cães, carpas, leões, gatos etc., para que, assim, ganhassem sentido.


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