Nesse trecho o viajante alemão Carl Schlichthorst faz alguns apontamentos sobre os artistas do Imperial Teatro de São Pedro, principal teatro do Rio de Janeiro no período. A partir do texto é possível afirmar que:
"Orquestra completa e boa, devendo contar nas grandes óperas mais ou menos cem figuras (...)
Alternativas
Comentário
Antes da chegada da corte portuguesa no Brasil, em 1808, já havia alguns teatros nos principais centros urbanos da colônia, assim como diversas irmandades que promoviam saraus e espetáculos com músicos estrangeiros. Mas, depois de estabelecida a família real no Rio de Janeiro, a vinda de músicos passou a ser institucionalizada para suprir as necessidades da organização de suas práticas, como a instauração da Real Capela e do Teatro Imperial.
As mulheres eram proibidas de cantar na igreja, logo os castrati – homens castrados ainda na puberdade para manterem a voz aguda – tornaram-se importantes personagens do universo musical da corte. No entanto, a demanda por práticas musicais europeias não funcionava como uma mera importação e reprodução de uma cultura específica, já que os espetáculos teatrais, além de uma Real Capela, que contava com responsáveis musicais como os mestres-de-capela e castrati, faziam parte dos hábitos da corte quando ainda estava em Portugal, assim como eram comuns a outras cortes europeias, bem como era prática das classes mais abastadas do Rio de Janeiro, constituídas por europeus ou descendentes de europeus.