"(...) Declarou o sr. general Francisco Glycerio no banquete offerecido ao senador rio grandense, Pinheiro Machado, que o problema actual a ser resolvido pela nossa Patria é mais internacional do que nacional (...)"
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Comentário
O documento, publicado em um jornal paranaense do início do século XX, trata de forma ufanista a disputa envolvendo o Brasil, o Peru e a Bolívia pela posse do território acreano. Apesar de pertencer à Bolívia, a região era altamente povoada por brasileiros, sobretudo nordestinos, atraídos pela atividade seringueira. De 1889 até 1904 os três países se enfrentaram em um confronto armado conhecido por “Revolução Acreana”. Durante esse período, o território decretou, por três vezes, a sua independência. Em 1901, portanto um ano antes da publicação da declaração de A República, a Bolívia firmou um contrato de arrendamento do Acre junto a um sindicato de capitalistas britânicos e estadunidenses, que ficou conhecido como Bolivian Syndicate. Pelo acordo, Estados Unidos e Inglaterra poderiam, dentro do prazo de 30 anos, ocupar o território com soldados e, ao mesmo tempo, explorá-lo. Cabe lembrar que, na época, a demanda por borracha, produto muito solicitado pelo mercado internacional, crescia. O conflito teve fim em 1903, com a assinatura do Tratado de Petrópolis – instrumento diplomático mediado, principalmente, pelo Barão do Rio Branco, ministro das Relações Exteriores. Em troca de territórios brasileiros, da construção de uma ferrovia (“Madeira-Mamoré) e de uma indenização de 2 milhões de libras esterlinas, a Bolívia cedeu o território do Acre ao Brasil.