Questões


10ª11ª – Tarefa
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10ª questão

Sobre o livro Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil, Sylvia Colombo observou:

"(...) Há tempos me intriga a presença, no meio das listas de livros mais vendidos, do 'Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil', do jornalista Leandro Narloch (...)"

Segundo o texto de Sylvia Colombo, dentre as características do “Guia Politicamente Incorreto” estão:

 

Alternativas

A. Argumentos que podem induzir o leitor a desconsiderar a gravidade da experiência histórica do racismo, identificando-o como algo menor ou justificável, partilhado inclusive por suas vítimas.
B. Revelações e polêmicas que não se baseiam em pesquisas ou na historiografia nacional.
C. Afirmações fundamentadas em teorias científicas correntes no século XIX, como, por exemplo, a associação mecânica entre os países e as características principais de seus povos.
D. Erros, imprecisões e lugares comuns que indicam que apenas pessoas com formação profissional em história devem escrevê-la.



 

Comentário

O mercado editorial brasileiro é, de quando em quando, tomado de assalto por obras sobre história que são de fácil leitura, tem linguajar aparentemente divertido e buscam proporcionar a seus leitores a impressão de que estariam muito mais bem informados que as outras pessoas. Esses leitores seriam subitamente sabedores de aspectos “reais” da história anteriormente pouco ou nada conhecidos. O que o público alvo muitas vezes desconhece é que as tais “novidades” foram e são objeto de pesquisas profundas e responsáveis por parte dos historiadores há décadas, e que o revisionismo proposto por estes livros de divulgação resvala perigosamente na ideologia, por exemplo, que existe em negar questões graves como o racismo nas relações sociais no Brasil ou em minorar a violência de Estado na época da ditadura. O texto apresentado abordou esta questão. Os erros e ingenuidades por apontados por Sylvia Colombo não se devem ao fato de o livro não ser escrito por um historiador, mas pelo fato de que escrever história sem conhecê-la pode perpetuar e divulgar interpretações ultrapassadas e levianas e preconceituosas.