Sobre a charge (2007) e sobre a Batalha do Jenipapo (1823), é possível afirmar que:
Alternativas
Comentário
A Batalha do Jenipapo aconteceu em março de 1823, no então vilarejo do Campo Maior, no Piauí, e faz parte de uma série de conflitos que eclodiram após a declaração da Independência em 1822. O governo português visava a manutenção de seus territórios no norte do país – especialmente nas áreas que hoje correspondem aos estados do Piauí, Maranhão e Ceará, onde eram grandes os lucros gerados pela criação de gado. Em janeiro de 1823, Manuel de Sousa Martins, o futuro Visconde de Parnaíba, aderiu à independência e assumiu a presidência da Junta do Governo do Piauí. Isso fez com que o major João José da Cunha Fidié, que recebera da coroa portuguesa a ordem de preservar os territórios ao norte do país, deslocasse suas tropas para a região. Em 13 de março, um grupo de aproximadamente 500 sertanejos mal armados enfrentou as tropas do major Fidié – que contavam com mais de 1.100 homens. A batalha aconteceu às margens do rio Jenipapo e durou cerca de cinco horas. Estima-se que 200 sertanejos morreram no embate; as tropas de Fidié, embora vitoriosas, saíram do conflito enfraquecidas e foram derrotadas em Caxias, no Maranhão, em julho do mesmo ano. A charge ironiza a postura das elites econômicas que mobilizaram uma população despreparada e alheia à ideia de luta pela nação para manter seu domínio na região, livre das amarras a Portugal. A menção feita à Esparta dialoga também, em tom irônico, com o lançamento do filme 300 – atente-se que a charge foi produzida em 2007, ano seguinte ao lançamento do filme de Zack Snyder, que ressalta o exemplo de bravura e resistência dos exércitos de Leônidas na batalha das Termópilas contra os persas.