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36ª questão

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Alternativas

A. A “dramática realidade das estatísticas” foi superada. Atualmente, a evasão escolar e o índice de analfabetismo não perturbam a realidade da educação nacional.
B. A forma como o documento encadeia as estatísticas convida a uma crítica às prioridades do governo quanto à educação do período.
C. O período de obrigatoriedade e gratuidade do ensino sofreu alterações ao longo do tempo. Até o início da década de 1970, este era composto por apenas quatro anos (Ensino Primário).
D. Os dados apresentados pelo texto referentes à evasão escolar e ao índice de analfabetismo contradizem a política e os ideais desenvolvimentistas do período.



 

Comentário

O documento, publicado na revista O Cruzeiro (1958), indica dados da educação brasileira daquele período. Não apenas o número de alunos matriculados é exposto, mas também os índices de evasão escolar e analfabetismo, de modo a apresentar um panorama bastante preocupante acerca da educação nacional. Pensando em um momento de desenvolvimentismo, tais estatísticas revelavam-se contraditórias às ideias de avanço, indicando um país onde a maioria não possuía condições para concluir o segundo grau – naquele momento ainda não obrigatório. A partir de 1971, a obrigatoriedade e gratuidade do ensino deixaram de ser apenas quatro anos (Ensino Primário) e passou para oito anos. Apesar das melhorias, problemas como a evasão, por exemplo, preocupam não apenas o Estado, mas a população de modo geral. Contrariando a percepção de que os dados estatísticos falam por si só ou não expressam opinião, a forma como a revista encadeou os dados finalizando com os gastos do governo com a educação e com outros ministérios e o artigo constitucional que defende a educação obrigatória e gratuita leva o leitor, numa sequência lógica, a criticar as prioridades do governo.