Erico Veríssimo iniciou em 1947 a trilogia O Tempo e o Vento, obra que propõe uma saga da história do Rio Grande do Sul, desde a sua formação até o Estado Novo em 1945, numa escrita original, não linear e inventiva. O Continente foi publicado em 1949, O retrato em 1951 e O Arquipélago em 1961. No trecho escolhido desta importante obra literária, é forte a mítica de uma comunidade ideal, ingênua e devotada à arte, nascida dos ensinamentos dos jesuítas aos indígenas.

Nessa questão, era esperado que as equipes discutissem o tema das Missões Jesuíticas no sul do país a partir do romance. Nesse aspecto, ressalta-se na escrita da carta, por um dos personagens do livro, o retrato construído de práticas dos indígenas nos Sete Povos das Missões e não um relato fiel às experiências vividas por eles. Sobre o tema era possível ainda identificar quais as principais atividades desempenhadas pelos índios no interior das missões como a plantação da erva mate e o aprendizado de vários aspectos da cultura europeia como a religião e a música. Em um exercício de reflexão sobre o tema era ainda esperado que as equipes verificassem que o enredo da carta leva à conclusão de que a condição de maior ou menor civilidade dos indígenas estava diretamente relacionado à conversão ao cristianismo.