Sobre a pintura de Antônio Parreiras é possível afirmar:
Alternativas
Comentário
O pintor Antônio Diogo da Silva Parreiras (1860 – 1937, Rio de Janeiro), começou a pintar ainda muito jovem, mas foi apenas nos primeiros anos do século XX que Parreiras iniciou uma etapa de suas obras que seriam caracterizadas como pinturas históricas, desviando-se da temática de suas primeiras telas, de interesse exclusivo pelo paisagismo. Em 1926, Antônio Parreiras publicou suas memórias tendo já nesse momento atingido um amplo reconhecimento como pintor. Durante os anos de 1932-1936 realizou suas últimas excursões em busca de motivações para suas pinturas. (http://www.parreiras.org/ap-00100.asp)
A tela aqui apresentada, Os Invasores (1936), é sua última obra de cunho histórico. Essa pintura pode ser dividida em dois planos. No primeiro plano observamos um grupo formado por cinco pessoas, quatro aventureiros (denominação dado pelo próprio pintor) que subjugam uma índia. A índia de tez mais clara que seus captores (possivelmente uma forma do pintor indicar sua pureza) se encontra nua com os braços imobilizados e seus pés presos por uma corda. Há uma atmosfera de possível violência na forma como se aproximam dela. No segundo plano observamos outro grupo de possíveis aventureiros que se encaminham para o plano principal.
O título da obra e a atitude do grupo principal deixam em evidência uma crítica de Parreiras ao enaltecimento dos bandeirantes, desbravadores do território brasileiro. O pintor deixa claro que para ele esses aventureiros não se configuram como desbravadores, mas sim como invasores do território. (STUMPF, Lúcia K. A terceira margem do rio: mercado e sujeitos na pintura de história de Antônio Parreiras. Dissertação de Mestrado, IEB-USP, 2014 ).