“Dá varias providencias sobre a abertura de estradas no interior da Capitania de Minas Geraes.“
Segundo o documento, é possível inferir que:
Alternativas
Comentário
As Cartas Régias são documentos que baixavam resoluções a serem acatadas pelos colonos e governantes locais. Principal meio de escoamento dos minérios explorados na região Sudeste, o rio Doce foi alvo de preocupações da Coroa Portuguesa na virada do século XVIII para o XIX, pois era preciso reacender a importante atividade extrativista que, após anos de uma intensa exploração, conhecia o esgotamento por conta das condições de ocupação do território. Nesse trecho da carta, D. João VI sugere a abertura de novas estradas que melhor interligassem as regiões de Minas Gerais e do Espírito Santo, região banhada pelo rio Doce até seu deságue no mar. A questão indígena não era menor, tendo em vista que a proposta de “civilizar os índios” remete-se ao complicado convívio com os índios chamados botocudos que ocupavam, estrategicamente, as mediações do rio Doce e provocavam inúmeros conflitos, de forma a inviabilizar o desenvolvimento dos projetos lusitanos. As terras que não estavam sob domínio português eram comumente chamadas de “sertão”. É importante ressaltar que a região continua a ser prioritária para a exploração mineral no país, embora nos dias de hoje ela esteja à mercê dos interesses – e desinteresses – da iniciativa privada.