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35ª 36ª 37ª 38ª 39ª 40ª 41ª 42ª 43ª 44ª 45ª 46ª – Tarefa
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44ª questão

"Ainda paira na lembrança de muitos o último grande surto de febre amarela que atingiu a região Centro-Oeste do Brasil."

Associando a leitura do texto aos seus conhecimentos, é possível afirmar que:

 

Alternativas

A. Para atender às demandas da agroindústria e de uma crescente população, a região centro oeste tem investido na construção de hidrelétricas que causam fortes impactos no bioma do cerrado.
B. As epidemias de febre amarela e de dengue ajudaram a moldar Goiânia como uma fronteira cultural e socioeconômica que recebe e dispersa transeuntes a cada novo ciclo de surgimento das doenças.
C. O combate ao Aedes Aegypti tem sido muito focado na ação pessoal e pouco em outros aspectos vinculados à propagação de criadouros, como o impacto ambiental de grandes obras e da especulação imobiliária.
D. Epidemias recentes de febre amarela e dengue na região Centro Oeste podem ser vinculadas aos impactos ambientais e sociais causados pela construção de barragens e represas.



 

Comentário

As recentes campanhas de combate ao mosquito Aedes Aegypti, transmissor dos vírus da dengue e das febres Chikungunya e Zika, têm chamado a atenção da população para os impactos das atitudes individuais frente à expansão das doenças. A população é chamada a limpar seus quintais, removendo entulho e evitando o acúmulo de água limpa que pode levar à proliferação dos mosquitos, por exemplo. Pouco se fala, no entanto, sobre os problemas da atuação dos poderes públicos nesse cenário: falta investimento em saneamento básico e no abastecimento sistemático de água potável para aqueles que, em cenários de “crises hídricas”, são obrigados a armazenar água como podem; a expansão da especulação imobiliária em grandes cidades acaba criando grande número de casas e terrenos vazios; e também falta planejamento e estudo dos impactos causados por grandes obras em biomas como o cerrado brasileiro. No caso da região Centro Oeste, em particular, deve-se atentar para os impactos que as demandas dos complexos agroindustriais – especialmente da produção de grãos como soja e milho – têm causado no meio-ambiente, bem como para a expansão de um modelo energético pautado no aproveitamento dos potenciais hídricos da região, o que tem provocado sucessivas alterações nos regimes das águas, desalojando parte da fauna, destruindo vegetações nativas e alterando profundamente as relações entre as populações locais e o meio-ambiente. Ao demandarem uma expressiva mão de obra para sua realização, essas obras de alto impacto ambiental também promovem um fluxo migratório de homens e mulheres, levando à circulação dos elementos que podem provocar, direta ou indiretamente, doenças como a dengue. Altair Sales Barbosa destaca o surto de febre amarela vivenciado pela região Centro Oeste nos anos finais da década de 1990 e a epidemia de dengue na cidade de Goiânia, em 2010, como exemplos dos impactos de obras predatórias que alteraram as relações no meio ambiente, favorecendo a disseminação de doenças.


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