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“Afinal, qual a graça de ter muito dinheiro? Quanto mais coisas se tem, mais se quer ter e os desejos e anseios vão mudando - e aumentando - a cada dia, só que a coisa não é assim tão simples. (...)"
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Comentário
A jornalista brasileira Danuza Leão, nascida em 1933, produziu alguns livros e manteve colunas no jornal, como aquela da qual foi extraído o texto utilizado na questão. Nele, ao tratar sobre a perda de exclusividade das viagens internacionais, acaba exprimindo a ideia elitista de favorecimento das minorias perante a situação de acesso de um grupo mais amplo a novos bens de consumo (como viagens, por exemplo). Na época de sua publicação, o texto causou desconforto e protestos, tanto que posteriormente sua autora se desculpou (parcialmente) com os leitores de sua coluna, dizendo que estava se referindo a si mesma e que escolhera um mau exemplo. Afirmou: “Existem dois tipos de pessoa: os que vivem para seguir o que está na moda em matéria de viagens, estilo, restaurantes, hotéis, etc., enquanto outros preferem viver na contramão. Eu pertenço ao segundo grupo: não gosto de multidões, não vou a shows, não vou a festas, não vou a restaurantes da moda e não viajo na alta estação, prefiro ficar em casa lendo um livro; falei sobre o porteiro como poderia ter falado sobre qualquer pessoa que faz parte dessa multidão que passa a vida indo atrás do que ouviu dizer que está “in”, o que para mim é apenas impossível. Lamento, foi um exemplo infeliz”. (Coisas em Geral, Folha de São Paulo, 2/12/2012).