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"A Proclamação A não ser que se pretenda transformar as nossas escolas em fábricas de diplomas, infestando o país de médicos, bacharéis, engenheiros, professores, agrônomos, dentistas, químicos, farmacêuticos, todos incompetentes para o desempenho das funções (...)"
"Um dos fatores que mais concorrem para o alarmante coeficiente de analfabetos, no Brasil, é indiscutivelmente a dificuldade de transportes e o preço exorbitante das passagens (...)"
Sobre a Campanha dos 50%, pode-se afirmar:
Alternativas
Comentário
Os anos 1930, no Brasil, foram um período em que decretos presidenciais que regulamentavam as relações de trabalho passaram a fazer parte da vida da classe trabalhadora, interrompido em 1937, pelo Estado Novo, depois de grande fortalecimento da repressão e perseguição de Vargas aos comunistas. Greves e organização política tomavam grandes proporções no debate nacional. O fortalecimento do fascismo na Europa fez surgir, em 1935, a Aliança Nacional Libertadora e o periódico A Manhã, de orientação aliancista, noticiou em detalhes a Campanha dos 50%. Em 1940, o analfabetismo um pouco mais reduzido que no Censo anterior de 1920, era de 56,1% e a causa de indicadores tão ruins, na opinião dos estudantes, era a péssima condição social, a necessidade de conciliar os estudos com o trabalho, os baixos rendimentos e a ausência de políticas de assistência estudantil. A juventude aparecia, então, nos registros da história da esquerda como um sujeito político com interesses e identidades próprios, o que culminaria momentos depois da Campanha, numa articulação nacional e na fundação da União Nacional dos Estudantes, em 1938.