]
Nesta tarefa, propomos às equipes o trabalho com um instrumento que é muito importante para os historiadores: analisar e compreender imagens, observando seus detalhes e tirando conclusões a partir deles. Além disso, as imagens aqui servirão como ponto de partida para pesquisas mais aprofundadas.
As equipes encontrarão a seguir 3 imagens:
Em cada uma destas imagens, as equipes encontrarão “números”. A tarefa consiste em associar estes números às frases que preparamos logo abaixo. São frases que descrevem aspectos da imagem. Cada número deve ser associado a uma única frase. Entretanto, as equipes encontrarão mais frases do que números, ou seja, há frases que não serão associadas a nenhum número.
Coloque o cursor na imagem sobre os números e utilize o zoom ao lado esquerdo para
ampliar os trechos (funciona de maneira similar ao Google Maps). Clique o cursor sobre o
número escolhido. Ao fazer isso, abrirá uma página com todos as frases, escolha a mais
pertinente e clique sobre ela. Deste modo, você associou o número à frase. Faça isso para
todos os números de cada imagem.
Ao clicar em “Rascunho” o trabalho fica salvo em modo rascunho, e mesmo que você saia da página da Olimpíada e retorne depois, o rascunho estará salvo e disponível. Após ter associado todos números às frases nas 3 imagens, não esqueça de confirmar a sua tarefa, clicando no botão “Concluir”.
O envio definitivo ocorre apenas quando a equipe clicar em “Concluir”. Após clicar em “Concluir” nenhuma alteração poderá ser feita. Por isso só clique em “Concluir” após ter associado todos números às frases nas 3 imagens.
Um pouquinho de calma e muita atenção são importantes para o sucesso desta atividade. Bom trabalho a todos.
Atlas dos Mares. Autor desconhecido. França, 1538.
Pergaminho, 39 fólios, 440 x 312 mm. - 129A 24 , fol. 16r. Biblioteca Nacional da Holanda.
Qual legenda mais bem descreve o trecho destacado abaixo?
“Festa de Oxalufan”, Carybé.
Iconografia dos deuses africanos no candomblé da Bahia. Salvador: Fundação Cultural do Estado da Bahia: INL, 1980 ; Publicado em co-edição com a Universidade Federal da Bahia, pp. 238.
Qual legenda mais bem descreve o trecho destacado abaixo?
Paraisópolis, Fotografia de Tuca Vieira
Impressão jato de tinta sobre papel, 51 X 69,2, Estação Pinacoteca de São Paulo
Qual legenda mais bem descreve o trecho destacado abaixo?
Comentário
Nesta tarefa as equipes foram convidadas a trabalhar com um tipo de fonte rico para o trabalho do historiador: a iconografia. O trabalho com imagens exige um olhar apurado aos detalhes, a busca por compreender as representações ali propostas e por perceber que as imagens implicam uma série de intenções e objetivos quando são construídas, em diferentes suportes (pinturas, desenhos, propagandas, fotografias pensadas para atingirem um grande número de pessoas). Mas as imagens só se realizam quando são “olhadas”, vistas e analisadas, consumidas por alguém. Quem olha a imagem participa assim de seu processo de construção. Nesta tarefa, cobrimos diferentes linguagens (mapa, aquarela e fotografia) e diferentes períodos (séculos XVI, XX e XXI).
Nossa primeira imagem era um mapa de autor desconhecido, “Atlas dos Mares”, também conhecido como “Atlas luso-francês” (1538), que se encontra hoje no acervo da Biblioteca Nacional da Holanda e que trouxe para a prova o tema da colonização do Brasil e da exploração do pau-brasil. Trata-se de um excelente material também para o estudo do registro cartográfico em si. Nossa segunda imagem foi uma aquarela do artista argentino Hector Julio Páride Bernabó (1911-1997), o Carybé, “Festa de Oxalufan”, que faz parte da obra Iconografia dos deuses africanos no candomblé da Bahia (publicada em 1980) e que traz a possibilidade de se conhecer a riqueza das tradições religiosas exemplificadas no panteão de deuses africanos. A última imagem é uma fotografia, de Tuca Vieira [fotógrafo que desenvolve projetos envolvendo cidade, paisagem urbana, arquitetura e urbanismo], “Paraisópolis”, que hoje se encontra no acervo da Estação Pinacoteca de São Paulo. Esta imagem bastante conhecida nos permitiu um olhar mais atento para como as diferenças sociais e econômicas, e que se expressam nas formas de habitação e de ocupação da cidade, podem conviver em grande proximidade geográfica.
Para conhecer outros trabalhos do mesmo fotógrafo, visite:
http://www.tucavieira.com.br/