]
Observe as imagens de escravos tigreiros
Escolha uma alternativa:
Alternativas
Comentário
As duas litografias publicadas no periódico Semana Ilustrada, em 1861, tratam de uma prática comum nas cidades brasileiras, durante o século XIX, principalmente naquelas que tinham um número maior de habitantes: acumular os dejetos em barris de madeira e depois jogá-los em rios e mares. Esta tarefa cabia a escravos conhecidos como tigreiros – nome alusivo à imagem dos barris que, ao transbordarem, espalhavam fezes nos corpos dos escravos carregadores, em listras, numa combinação parecida com a pelagem de tigres. Outras versões consideram que este apelido foi dado porque, quando os tigreiros eram avistados, as pessoas, com receio de se sujarem, evitavam aproximar-se ou então afastavam-se com rapidez, como se tivessem avistado uma fera. A forma como os tigreiros são representados reforça a sua desumanização como seres humanos (representados como animais) e a humilhação de sua tarefa.
Os serviços de “saneamento” estavam a cargo de empresas privadas estrangeiras, sendo grande parte dos materiais, insumos e técnicas importados, ficando o Estado responsável apenas pela regulamentação das concessões. Havia um número insuficiente de fossas e dutos de esgoto nos centros urbanos, sendo que as preocupações com a questão do saneamento começam a ganhar espaço após as epidemias de cólera e febre amarela dos anos de 1840 e 1850.