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Comentário
Os serviços de informação já existiam no Brasil antes da instalação da ditadura militar, em 1964. O militar Golbery do Couto e Silva, ao tomar o comando do Serviço Nacional de Informação naquele mesmo ano, reuniu documentos de órgãos como o Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais (Ipes) e Serviço Federal de Informações e Contra-informações (SFICI). Reuniu informações sobre atividades políticas de esquerda e sobre indústria e comércio no Brasil. A ação de Golbery foi vista com simpatia pelo governo norte-americano que, desde o governo de João Goulart, promovia ações diplomáticas para conter o avanço de ideias comunistas no país. Este acompanhamento era muito próximo: os arquivos diplomáticos, recentemente abertos, demonstram cada vez mais a relação direta entre os governos e as ações dos Estados Unidos em apoio ao golpe militar e sua sustentação política.
A leitura do documento permite acesso ao seu conteúdo central, ou seja, o esforço dos Estados Unidos em fortalecer o serviço de informação brasileiro por meio da figura de Golbery do Couto e Silva. Este documento era considerado confidencial até muito recentemente. A abertura dos arquivos que revelam a relação entre Brasil e Estados Unidos permite o acesso a informações gerais, mas não deixa disponível a codificação e as referências internas adotadas por cada uma das agências. Um exemplo disso é a referência que o documento faz à existência de um dossiê pessoal no nome de Golbery do Couto e Silva nos órgãos americanos (Para dados de biografia, ver ARMA´S C-63, 26 de junho). Mesmo sem compreender (ainda) todas as siglas e referências a servidores da inteligência dos Estados Unidos a ideia central do documento é clara e reveladora.