]7ª ONHB – Olimpíada Nacional em História do Brasil

Questões


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28ª questão

Sobre o quadro apresentado, escolha a alternativa:

 

Alternativas

A. Trata da separação do Estado do Mato Grosso em 1977, promovida pelo governo militar; o movimento separatista do Mato Grosso do Sul já era, contudo, ativo desde o século XIX.
B. Mostra um boi (Pecus) e a efígie da república utilizada na moeda de cruzeiro (Pecúnia), numa negociação tensa sobre o recorte do Estado do Mato Grosso.
C. É uma visão crítica sobre a divisão do Mato Grosso, apontando os interesses econômicos e militares envolvidos na separação.
D. O uso da cor vermelha ao fundo e no telefone foi interpretado como apologia ao comunismo pelo governo militar, que destruiu o quadro.



 

Comentário

A questão tinha como proposta que a equipe observasse o quadro e o relacionasse ao processo de divisão do estado do Mato Grosso e a criação do Mato Grosso do Sul. “Pecus e Pecúnia” é de Humberto Espíndola, um importante pintor sul-matogrossense, cuja obra versa sobre o boi desde os anos 1960, e faz parte da série “Divisão de Mato Grosso”, pintada na ocasião da divisão. “Pecus” remete à pecuária, principal atividade da região.
Na obra, podemos ver retratados um boi (Pecus), que pode ser interpretado como uma representação dos interesses do governo militar na separação, e a efígie da república que, por ser utilizada na moeda do cruzeiro (moeda que foi usada em vários períodos e sob vários governos: de 1942 a 1967, de 1970 a 1986 e de 1990 a 1993), pode ser interpretada como os interesses econômicos envolvidos na separação. Embora tenha sido promovida pelo governo militar, em 1977, a separação viria atender a uma demanda pela criação do estado do Mato Grosso do Sul que se colocava desde século XIX. É interessante notar que embora o processo de divisão possa parecer pacífico, ele foi tenso: observe os elementos na imagem como a espada empunhada por Pecúnia e apontada para o pescoço de Pecus e os dedos cravados de Pecus no ombro de Pecúnia. A imagem não faz referências ao comunismo e o quadro faz hoje parte do acervo do Museu de Arte Contemporânea de Campo Grande.


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