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“A crônica colonial e os diários de viajantes que estiveram no Brasil e em outras partes da América e do mundo entre os séculos XVI e XIX foram e continuam a ser utilizados sistematicamente como fontes (...)"
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Comentário
O historiador autor do texto nos chama a atenção para a utilização dos documentos para conhecer melhor a travessia do Atlântico durante as viagens entre os séculos XVI e XIX, o que inclui a vida nos navios, seu cotidiano e as relações de poder ali existentes. Para tal, no trecho escolhido, analisa o abastecimento, as dificuldades relacionadas à alimentação e por consequência as doenças que acometiam os marinheiros, como por exemplo, o escorbuto. Ao fazê-lo, toca na tensão entre saber médico e saber tradicional (como no uso de frutas cítricas para a cura da mencionada doença).
A ênfase na travessia e não da partida e no destino oferece ainda outro olhar historiográfico, que permite usar acervos documentais de diferentes países e que entende o Atlântico não apenas como um espaço geográfico mas como um espaço histórico, sujeito a transformações. Assim, o Mundo Atlântico é visto como uma unidade ou sistema histórico, que desloca pessoas, mercadorias e ideias, gerando transformação.