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Comentário
No governo de Juscelino Kubitschek, presidente de 1956-1961, aconteceu a transferência da capital Federal do Rio de Janeiro para a cidade de Brasília. A construção da capital fazia parte do plano de metas do então presidente, cujos principais objetivos eram industrializar, modernizar e desenvolver o Brasil, através de intervenção estatal e comprometimento do orçamento público. A construção de uma nova capital a partir do zero demandou a mão de obra de milhares de trabalhadores para sua conclusão que durou quase quatro anos. O projeto da cidade era de Lucio Costa e os prédios principais foram projetados por Oscar Niemeyer, que JK já conhecia de quando havia sido prefeito em Belo Horizonte e Niemeyer, por sua vez, projetada o conjunto da Pampulha. O modernismo da arquitetura e o plano de metas do governo contrastavam diretamente com as condições encontradas pelos trabalhadores no campo de obras. Além do trabalho extenuante, péssimas condições de hospedagem e alimentação, os trabalhadores ainda tinham que lidar com uma força policial – Guarda Especial de Brasília – criada especificamente para evitar sublevações e greves. Apesar das condições encontradas, criou-se em torno desses trabalhadores a imagem de desbravadores do Brasil. Construtores de uma nova capital e de um novo projeto de país, esses trabalhadores foram representados na escultura “Os guerreiros/os candangos” que mostra dois retirantes nordestinos como desbravadores da fronteira e capazes de suportar grandes dificuldades. A foto da construção, por sua vez, mostra o contraste entre os prédios gigantescos ao fundo e os trabalhadores que poderiam, facilmente, ser confundidos com trabalhadores rurais. O projeto arquitetônico da nova capital não destinou lugar para os milhares de trabalhadores da construção (os candangos) e que posteriormente distribuíram-se nas cidades-satélite, no entorno de Brasília.