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Os textos e as imagens que seguem foram extraídos da Pesquisa sobre interesse vocacional – realizada pelo IBOPE (Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatísticas) entre julho e setembro de 1955, no Distrito Federal. A investigação tinha por objetivo analisar as principais tendências profissionais entre jovens, do sexo masculino, em idade de ginásio e colegial.
"Entre o anel e a espada... A expressão tomou foros de verdade, e vai sendo repetida, quase consagrada: ‘Brasil... país de doutores!' (...)"
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Comentário
A questão buscou abordar, por meio de uma fonte estatística, os principais anseios relacionados ao Ensino Superior de jovens do sexo masculino, entre a faixa etária correspondente ao Ginásio (hoje, similar aos últimos quatro anos do Ensino Fundamental) e ao Colegial (equivalente ao Ensino Médio). As entrevistas realizadas pelo IBOPE no Distrito Federal – lugar de menor índice de analfabetismo no Brasil, naquele momento (década de 1950) – demonstraram o sucesso das carreiras militares (exército, marinha e aeronáutica) frente aos jovens, já que, dos entrevistados, cerca de 30% daqueles que responderam à primeira pergunta de forma afirmativa, revelaram o anseio por seguir tal carreira. Vale a pena destacar que, durante muito tempo, esta carreira profissional significou, para muitos, a possibilidade de ascensão social; ademais, deve-se considerar os esforços dos militares, transmitidos por meio de propagandas, no sentido de disseminar as benesses e as possibilidades oferecidas pelas “3 armas”. Além das cifras numéricas, que dizem muito a respeito de determinada sociedade ou época, é importante perceber o caráter parcial do texto. Antes de apresentar os resultados da pesquisa, a pessoa responsável pelo relatório interpretativo apresenta diversas críticas acerca da situação educacional no Brasil, principalmente no que diz respeito ao Ensino Superior: “Do país de doutores é que o Brasil não tem nada!”. O quadro não poderia ser diferente, já que, na década 1950, a taxa de analfabetismo entre pessoas de 15 ou mais anos superava o índice de 50%, segundo os dados do IBGE.