Em agosto de 2013, o Jornal da Unicamp publicou entrevista com o professor Carlos Berriel por ocasião da reedição de seu livro Tietê, Tejo, Sena: a obra de Paulo Prado. Confira trechos dessa entrevista.
"Essa ilusão, essa ideologia, vinha sendo constituída em simultaneidade com o crescimento da importância do café na economia brasileira. Paulo Prado transforma essas ideias num movimento artístico, com a Semana de 22."
Sobre a entrevista, é possível afirmar que:
Alternativas
Comentário
Em seu livro Tietê, Tejo, Sena: a obra de Paulo Prado, Carlos Berriel explora as relações entre o movimento modernista e os interesses de classe da elite cafeicultora paulista, discutindo também a gênese do modernismo enquanto consciência de classe social e projeto político – projeto político que, aliás, contava também com uma faceta conservadora, que queria instituir um estado baseado no privilégio social, limitando o acesso de populações nordestinas ao estado de São Paulo, por exemplo. Em 2013, por ocasião da reedição de seu livro, o pesquisador concedeu entrevista ao jornal da Unicamp – e é interessante destacar que a entrevista, como fonte para o historiador, permite observar o olhar do entrevistado sobre um determinado tema (a partir de suas respostas às perguntas que são feitas) e também o olhar do entrevistador, já que, escolhendo as perguntas a serem feitas, ele direciona os aspectos a serem explorados sobre o tema escolhido.
Note-se ainda que é incorreto estabelecer qualquer vínculo entre privilégio racial e sociedades hegemônicas e livres de corrupção.