Leia os documentos:
"Autos de Inventario e Sequestro feito nos bens, que se acharam na Aldeia de Mboy (...)"
“O início da atuação dos jesuítas nas Américas é marcado pela chegada do padre Manoel da Nóbrega em 1549, somente 9 anos após a criação oficial da Companhia de Jesus."
Sobre os documentos e a atuação da Companhia de Jesus no Brasil colonial pode-se afirmar que:
Alternativas
Comentário
A Companhia de Jesus chegou à América Portuguesa em 1549 e, desde os primeiros tempos de sua atuação até a sua expulsão em 1759, foi registrado com frequência o uso de instrumentos em situações litúrgicas ou profanas.
Embora a música não tivesse um papel de destaque dentro dos preceitos da Companhia de Jesus (como era, por exemplo, o caso da Ordem de São Bento), a produção musical nos estabelecimentos jesuíticos no Brasil foi intensa, normalmente restrita às aldeias ou reduções onde o trabalho se voltava para a conversão dos índios carijó (denominação do período para os índios Guarani Mbya), que mostravam interesse na música, e a quem os jesuítas se empenhavam em ensinar a tocar instrumentos musicais, muito embora essa não fosse uma ocupação destinada aos religiosos, mas sim a indivíduos externos à Companhia de Jesus. Os enfeites e saiotes de pena citados no inventário sugerem uma relação entre os instrumentos musicais, os índios e a atuação dos jesuítas por intermédio da música, não sendo, assim, uma peça de roupa exclusiva das índias.
Diferentemente dos aldeamentos, nos estabelecimentos urbanos de atuação da Companhia de Jesus, tais como colégios e seminários, a ocorrência da música normalmente se restringia ao uso do órgão. No caso específico do Embu, o órgão discriminado no inventário existe até hoje e é considerado um dos mais antigos do Brasil. Foi restaurado entre os anos de 1984-1985, e ainda se encontra na Igreja Nossa Senhora do Rosário, no Embu – SP.