“Querendo propagar os conhecimentos e estudos das sciencias naturaes no Reino do Brazil, qie encerra em similhares de objectos dignos de observação e exame (...)"
Com base no texto é possível afirmar que:
Alternativas
Comentário
Com a transferência da Corte para o Brasil (1808), a criação de centros destinados à produção de conhecimento ganhou novo impulso, tendo em vista que se fez necessário transpor determinados padrões de civilização para os trópicos. A criação do Museu Real em 1818 no Rio de Janeiro era mais um dos esforços empreendidos para o desenvolvimento das ciências, sobretudo as contempladas pela história natural. A partir do século XVIII, tal matéria constituiu-se num conhecimento que possuía conteúdos e métodos específicos para compreensão e ordenação da natureza, entendida enquanto fonte de riqueza e saber. Além de aulas de química, física, botânica, mineralogia e zoologia, foram criados laboratórios de física e química, jardins botânicos e gabinetes e museus de história natural. Os museus eram em sua maioria utilizados para guarda e exposição de materiais provenientes de viagens científicas, nas quais se coletava elementos pertencentes aos três reinos da natureza (vegetal, animal e mineral), bem como artefatos produzidos pelos povos das regiões visitadas. As informações produzidas a partir de estudos científicos foram tomadas como parte integrante da rotina administrativa Imperial, sendo possível notar a relação entre produção de conhecimento e exercício do poder. Embora os espaços científicos e educacionais tenham sido ampliados, inclusive por iniciativas da Coroa, não havia o anseio de promover a ampliação do acesso a um público mais amplo.