Questões


23ª 24ª 25ª 26ª 27ª 28ª 29ª 30ª 31ª 32ª 33ª 34ª – Tarefa
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29ª questão

“Querendo propagar os conhecimentos e estudos das sciencias naturaes no Reino do Brazil, qie encerra em similhares de objectos dignos de observação e exame (...)"

Com base no texto é possível afirmar que:

 

Alternativas

A. A criação do Museu Real compõe uma política de ampliação do acesso à educação no período joanino e reafirma o caráter de “monarca esclarecido” atribuído a D. João VI, também conhecido como “O rei intelectual”.
B. A palavra “riqueza”, associada ao “comércio”, à “indústria” e às “artes”, representa não apenas os recursos econômicos, mas, igualmente, o potencial científico e cultural necessários para que o Império português fosse considerado civilizado.
C. O documento atesta a indissociabilidade entre saber e poder, pois coloca a produção de conhecimento numa relação instrumental com o poder político, o que não representa um caso isolado neste período histórico.
D. Trata-se de um ato normativo real que demonstra a estratégia do governo de D. João VI de criar instituições científicas semelhantes às europeias na nova Corte.



 

Comentário

Com a transferência da Corte para o Brasil (1808), a criação de centros destinados à produção de conhecimento ganhou novo impulso, tendo em vista que se fez necessário transpor determinados padrões de civilização para os trópicos. A criação do Museu Real em 1818 no Rio de Janeiro era mais um dos esforços empreendidos para o desenvolvimento das ciências, sobretudo as contempladas pela história natural. A partir do século XVIII, tal matéria constituiu-se num conhecimento que possuía conteúdos e métodos específicos para compreensão e ordenação da natureza, entendida enquanto fonte de riqueza e saber. Além de aulas de química, física, botânica, mineralogia e zoologia, foram criados laboratórios de física e química, jardins botânicos e gabinetes e museus de história natural. Os museus eram em sua maioria utilizados para guarda e exposição de materiais provenientes de viagens científicas, nas quais se coletava elementos pertencentes aos três reinos da natureza (vegetal, animal e mineral), bem como artefatos produzidos pelos povos das regiões visitadas. As informações produzidas a partir de estudos científicos foram tomadas como parte integrante da rotina administrativa Imperial, sendo possível notar a relação entre produção de conhecimento e exercício do poder. Embora os espaços científicos e educacionais tenham sido ampliados, inclusive por iniciativas da Coroa, não havia o anseio de promover a ampliação do acesso a um público mais amplo.


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